Parte das regiões produtoras brasileiras já iniciaram o plantio da safra 2023/24. O período de plantio segue o clima de cada região. Com a entrada da estação chuvosa, as condições são boas para o estabelecimento e o desenvolvimento da cultura. Adivinha o que mais surge com as chuvas? A necessidade do manejo de doenças da soja, é claro.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vem publicando suas análises de expectativa da safra 2023/24 há alguns meses. Antes mesmo de colocar a soja em campo, já se prevê uma produção histórica para o Brasil: 163 milhões de toneladas, cerca de 5% a mais que a safra anterior.

De toda forma, ainda não é hora de comemorar. Basta uma análise rápida do comportamento dos principais patógenos na soja para entender que o sojicultor brasileiro corre, sim, o risco de perdas significativas na produção por conta das doenças. Porém,  como é possível afirmar isso, se o plantio da soja mal começou? 

Realmente, não é um momento para se afirmar nada, nem pendendo para o lado positivo, nem para o negativo. O momento é de arregaçar as mangas e proteger a lavoura, o que exige uma compreensão completa de quais desafios o clima reserva para a safra 2023/24 no Brasil, no que diz respeito ao manejo de doenças da soja, e quais as práticas necessárias para que a cultura expresse seu máximo potencial produtivo.

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Quais doenças podem afetar a safra de soja 2023/24?

Quem tem acompanhado o cenário das doenças da soja nos últimos anos pode confirmar que o desafio está expandindo-se. Por um lado, o fenômeno climático El Niño tende a oferecer melhores condições de cultivo para a região Sul, que vinha sofrendo com a seca por três safras consecutivas e agora tende à regularidade pluviométrica. 

Por outro lado, as graduais mudanças climáticas já mostram a força da sua influência no comportamento dos patógenos que acometem a cultura, podendo comprometer pelo menos 30% da produção, uma taxa que pode ultrapassar os 90%, a depender da gravidade da contaminação. 

Assim, estabelece-se um novo contexto para o manejo de doenças da soja, considerando que o clima já não é mais o mesmo. Quando escrevemos “doenças da soja”, lê-se:

  • ferrugem-asiática;
  • mancha-alvo;
  • cercosporiose;
  • septoriose;
  • antracnose;
  • oídio;
  • podridão dos grãos e das sementes (nova!);
  • quebramento das hastes da soja (nova!).

Essas duas últimas doenças eram conhecidas como anomalia da soja, quando as causas dos danos ainda não eram conhecidas. A equipe Syngenta, ao lado de pesquisadores e outras instituições, colocou-se a investigar a condição, caracterizada por apodrecimento de vagens, grãos e sementes e também por tombamento e quebra do caule, entre outros sintomas.

Então, descobriu-se que o problema está relacionado à ocorrência de patógenos, aumentando a lista do complexo de doenças da soja e possibilitando criar estratégias de manejo mais assertivas. Para isso, é importante entender que as condições climáticas previstas para a safra de soja 2023/24 desafiam o controle de doenças no Brasil, conforme elucida o artigo Safra de soja 2023/24: cenário de doenças tende a ser mais complexo, publicado pela central de conteúdos Mais Agro.

O clima é que dá as cartas, definindo a dinâmica das doenças e os fatores que influenciam o manejo, como ilustrado no infográfico a seguir: 

doenças da soja

5 problemas e 5 soluções: o que o sojicultor pode fazer para controlar as doenças da soja?

É chegada a hora da prática! Mesmo o produtor que está lendo este artigo já com as semeadoras no campo – e percebeu que as doenças não estão para brincadeira nesta safra – conseguirá se beneficiar das dicas oferecidas a partir daqui para estruturar um bom manejo. Agora, quem está buscando informações a fim de se planejar com antecedência terá a oportunidade de construir consistência e potência de controle.

Problema #1: Adversidades climáticas

Para entender os detalhes do que o clima reserva para o verão brasileiro em 2023/24, é interessante realizar a leitura do texto El Niño e clima: o que a agricultura tem a ver com isso?, que explica como o fenômeno ocorre, seu histórico e suas implicações para a agricultura no Brasil.

Além disso, no artigo, Desafios à vista: clima pode favorecer doenças da soja 2023/24, detalhamos como essas previsões climáticas devem impactar o cenário de doenças da soja, demandando maior atenção dos produtores nas estratégias de controle para construir a sanidade da lavoura.

Solução #1: Acompanhamento das previsões meteorológicas

Considerando que, com a lavoura instalada, bastam algumas horas de molhamento foliar para que as doenças da soja comecem a se desenvolver, é importante um acompanhamento cotidiano das previsões de clima de cada microrregião para não ser pego de surpresa pelos patógenos. Esse acompanhamento recorrente permite:

  1. prever o favorecimento da contaminação da área por patógenos, antes mesmo da percepção dos sintomas, principalmente em lavouras com histórico de determinada doença;
  2. antecipar o planejamento do MID (Manejo Integrado de Doenças), tornando-o mais assertivo para o contexto específico da lavoura;
  3. agendar as aplicações de fungicidas de maneira estratégica, usando o clima em favor da eficiência da solução e garantindo que o produto correto esteja disponível na fazenda no momento ideal para o controle químico.

Dessa forma, é possível reduzir os riscos de prejuízos devido às doenças, mesmo em um cenário de maior volume de chuvas. Além de acompanhar a previsão diária, é interessante também estar sempre atualizado em relação às análises técnicas de clima e agricultura publicadas sazonalmente pela central de conteúdos Mais Agro.

Problema #2: Doenças aparecendo mais cedo no campo

No artigo Vazio sanitário: soja 2023/24, janela de plantio e ferrugem-asiática, foi analisado o comportamento do fungo Phakopsora pachyrhizi, constatando que sua presença nas lavouras tem ocorrido cada vez mais cedo, o que aumenta a permanência do patógeno na área e, por consequência, os danos causados podem ser severos desde o estádio vegetativo.

É possível perceber o mesmo padrão para outras doenças da soja nos últimos anos. Tendo em vista que o contexto da safra 2023/24 já é favorável a essas ameaças, cabe supor que há probabilidade de que os sintomas se manifestem ainda antes nas lavouras.

Uma análise detalhada sobre a antecipação da ocorrência de ferrugem-asiática na soja em anos de El Niño está disponível em: Planejamento e controle de doenças na soja, entenda a relação.

Solução #2: Monitoramento rigoroso

Quem segue à risca o vazio sanitário e as janelas de plantio já tem alguma vantagem no que diz respeito ao manejo de doenças da soja, afinal, essas são medidas definidas com rigor a partir do ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), a fim de proteger os cultivos de problemas edafoclimáticos previsíveis. 

De toda forma, a maneira de acompanhar a entrada das doenças na lavoura, a fim de entender se há antecipação de ocorrências e danos, é o monitoramento, para além do acompanhamento meteorológico. 

Problema #3: Aumento de pressão das principais doenças da soja

Elas não estão somente aparecendo mais cedo, como também têm apresentado maior pressão. Isso significa que os patógenos que acometem a soja, por entrarem com mais antecedência na lavoura, conseguem se reproduzir mais rapidamente e aumentar sua população antes que se perceba.

Isso não é válido para apenas um patógeno, o que está em campo é o complexo de doenças da soja, ou seja, muitos organismos e muitos sintomas diferentes, e a descoberta da podridão dos grãos e das sementes e do quebramento das hastes da soja é uma prova disso.

Solução #3: Manejo consciente

A solução para diminuir a pressão de doenças na soja é um manejo consciente, estratégico e integrado, tendo como base as seguintes práticas:

  • uso de cultivares adaptadas para as condições da região e mais resistentes às doenças;
  • aplicação preventiva de fungicidas com alta eficácia contra o complexo de doenças;
  • escolha de fungicidas a base de solatenol, que têm comprovada eficiência contra as anomalias da soja e são registrados para o controle de um amplo espectro de patógenos;
  • tecnologia de aplicação adequada, para promover uniformidade de cobertura do alvo;
  • associação de fungicidas multissítios, elevando a eficiência do manejo antirresistência.

Lembrando que essas são algumas práticas recomendadas para resolver a questão do aumento de pressão das doenças da soja, no entanto, não se pode deixar de lado os outros métodos do MID, que considera um manejo cultural, biológico, físico e químico.

Problema #4: Alta incidência e disseminação de novas doenças

As anomalias da sojapodridão dos grãos e das sementes e quebramento das hastes da soja – já estão causando problemas em algumas regiões. Ao que tudo indica, sua incidência pode aumentar na safra 2023/24, tanto em relação à severidade quanto à abrangência. 

A imagem a seguir permite compreender por que tanta urgência em alertar sobre essas ameaças:

doenças da soja

Fonte: Mais Agro, 2023.

Ambas as doenças são causadas pela associação entre diferentes patógenos, pertencentes aos gêneros Diaporthe, Colletotrichum, Cercospora e Fusarium. Com o clima previsto, a situação pode se agravar, dificultando o controle.

Solução #4: Uso de fungicidas eficazes e registrados em bula para o controle desses patógenos

A inserção de duas novas doenças no programa de manejo exige algumas mudanças, mas tudo fica mais simples quando o produtor sabe quais os produtos ideais para aplicar em cada momento da cultura. 

O controle da anomalia da soja só pode ser feito de maneira assertiva a partir de fungicidas registrados contra os patógenos que as causam e que sejam de fato eficazes. Por isso, ler a bula, conhecer os princípios ativos e seu modo de ação é fundamental para controlar todo o complexo de doenças, inclusive as anomalias.

Problema #5: Severidade de danos no estádio reprodutivo da soja

A ausência de um controle consciente gera um efeito em cascata: doenças entrando mais cedo, com maior capacidade de reprodução e consequente aumento da severidade no estádio reprodutivo, especialmente no que tange às DFCs e outras com sintomas tardios.

Quando isso ocorre, é muito difícil mitigar os danos, e os prejuízos são quase certos, afinal, se o patógeno não é controlado antes do fechamento das entrelinhas – quando ainda é possível obter uma cobertura completa das plantas com a aplicação –, pode-se considerar que o timing do manejo foi perdido.

Solução #5: Planejamento do manejo e aplicação do produto no momento adequado

Para evitar danos na fase reprodutiva da cultura e proteger a produtividade e a qualidade dos grãos de soja, é preciso realizar um manejo preventivo, com aplicações de fungicidas planejadas para o pré-fechamento da lavoura.

Assim, é importante evitar a falta de fungicidas no momento correto, ou seja, a compra antecipada do produto é fundamental, levando em conta ainda que se depende das condições climáticas para definir exatamente o dia da aplicação.

Quais fungicidas para soja conferem consistência e potência de manejo para a safra 2023/24?

Diante de todo o exposto, o produtor precisa ter acesso a fungicidas para soja que o amparem com qualidade nesta safra, possibilitando um manejo de doenças assertivo e completo. Para isso, a Syngenta disponibiliza ALADE® e MITRION®, ambos registrados para o controle de podridão dos grãos e das sementes e quebramento das hastes da soja.

A presença do ativo solatenol em sua composição propicia eficiência contra as anomalias, e esses produtos são formados pela mistura de mais de um ingrediente ativo, o que oportuniza consistência e potência no manejo de doenças da soja, com amplo espectro de ação.

ALADE®: o melhor em qualquer situação

ALADE® é composto por três ingredientes ativos (solatenol + ciproconazol + difenoconazol), algo difícil de se encontrar no mercado de fungicidas, tendo em vista a complexidade que há em combinar moléculas em sinergia e com estabilidade na solução. Isso propicia um controle consistente contra antracnose, oídio, DFCs, anomalias e muitas outras doenças da soja.

  • Consistência: o maior espectro de controle do mercado.
  • Máxima proteção: melhor efeito preventivo com solatenol.
  • Dupla ação sistêmica: sinergia entre dois triazóis seletivos e de alta performance.
  • Conveniência: formulação com tecnologia Empowered Control, que eleva o controle.

doenças da soja

MITRION®: sua soja blindada contra as doenças

MITRION® tem em sua composição dois ativos sinérgicos e complementares: solatenol e protioconazol. Uma combinação que confere potência máxima contra manchas e ferrugem-asiática, também registrado contra os patógenos que causam anomalias da soja, entre outros que compõem o complexo de doenças.

  • Combinação inovadora: os dois ativos mais potentes do mercado.
  • Máxima potência: controle superior contra manchas e ferrugem.
  • Controle superior: melhor efeito preventivo e curativo.
  • Conveniência: formulação com tecnologia Empowered Control, que eleva o controle.

doenças da soja

Assim, mesmo com os desafios climáticos previstos para a safra de soja 2023/24, seguindo as cinco práticas discutidas ao longo deste artigo e escolhendo o fungicida certo para cada fase do cultivo, de acordo com o contexto da lavoura, e posicionando ALADE® ou MITRION® no pré-fechamento das entrelinhas, é possível realizar um controle de doenças consciente e assertivo.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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