Faz mais de 140 anos desde a instalação do primeiro cultivo de soja no Brasil. Mesmo sendo uma cultura milenar, manipulada em países asiáticos milhares de anos antes de Cristo, é a soja brasileira que hoje domina o mercado global desse grão ímpar para a indústria.

Como, em tão pouco tempo, foi possível que o país se tornasse o maior produtor de soja do mundo, aumentando, em 30 anos, a produção em mais de 500%? Em parte, isso se deve às condições ambientais dessa região da América Latina, com extensas áreas agricultáveis e ampla capacidade para aumentar as fronteiras agrícolas. Por outro lado, o empenho em conhecer o ecossistema dos campos tem protagonismo na expansão da sojicultura no Brasil.

A partir da primeira exportação de soja – para a Alemanha em 1938 –, produtores, cientistas e empresários não mediram esforços para entender as necessidades e os fatores limitantes que a cultura enfrentava em solos brasileiros. O desenvolvimento tecnológico para a soja foi tão grande que já ultrapassou, na safra 2022/23, a marca das 155 milhões de toneladas.

A meta de superar as 150 milhões de toneladas, definida depois da compensação dos resultados da safra 2021/22, foi atingida. Ao que tudo indica, os resultados da safra 2023/24 serão ainda mais elevados. As projeções iniciais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) são de que o Brasil produzirá 163 milhões de toneladas.

Isso mantém o país na posição de maior produtor de soja do mundo e também na liderança das exportações globais, o que gera muitas oportunidades de negócios favoráveis para a economia e para a rentabilidade dos produtores.

Esses resultados estão diretamente relacionados às melhorias no controle das ameaças à cultura, que fazem parte do ecossistema biológico em todas as regiões produtoras. Assim, o alcance das novas metas de produtividade deve continuar a ter como foco o acompanhamento do comportamento de pragas, doenças e nematoides nos campos.

Afinal, o ambiente das lavouras permite o desenvolvimento da cultura de interesse, pelas propriedades intrínsecas ao solo, mas também abriga organismos parasitas vegetais e limitantes do potencial produtivo da soja.

O ecossistema biológico e a agricultura

As áreas do conhecimento que estudam os organismos interferentes – positiva ou negativamente – no crescimento das plantas é a Microbiologia e a Entomologia, investigando propriedades e formas de vida que compõem o ecossistema em que a cultura se desenvolve. A Fitossanidade, por sua vez, visa analisar os organismos e microrganismos que geram riscos à sanidade vegetal, causando danos à cultura que culminam em prejuízos econômicos ao agricultor.

Apesar de boa parte dessas ameaças agir em estruturas aéreas das plantas – como folhas, hastes e frutos –, o solo é importante para essa investigação porque participa de momentos importantes do ciclo de vida dos organismos. No caso das doenças, o solo é fonte de inóculo de muitas espécies de fungos de importância na agricultura. Quanto às pragas, muitas se reproduzem ou se disseminam pelo solo. Já os nematoides, em sua maioria, sobrevivem no solo das áreas de cultivo.

Assim, eles fazem parte do ecossistema biológico que torna possível a produção de soja e precisam ser manejados para não gerar danos à cultura sem que esse manejo cause consequências para o sistema natural que confere qualidade ao solo e potência para o desenvolvimento vegetal.

Esse é um dos motivos que fez com que o Brasil galgasse tantos degraus no agronegócio em tão pouco tempo: muito mais que clima e ambiente adequados, temos as estratégias certas para um manejo cultural que mantém o equilíbrio natural necessário para que a atividade agrícola gere resultados superiores a cada nova safra.

Assim, é importante avançar ainda mais em técnicas e tecnologias que proporcionam um controle elevado de pragas, doenças e nematoides de maneira equilibrada e sem interferir no ecossistema de que fazem parte. Para que isso seja possível, são definidos os alvos de risco à agricultura, com base em estudos que envolvem microbiologia e fitossanidade.

Em abril de 2022, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) atualizou a relação dos alvos de maior risco fitossanitário no Brasil, considerando as recentes mudanças ecológicas e ambientais que estão sempre em curso, moldando o comportamento das ameaças à soja.

As pragas de maior risco à soja

Plantas de soja

Plantas de soja danificadas pelo complexo de pragas.

As pragas causam sérios danos à soja, que é suscetível a uma ampla variedade de insetos e outros tipos de pragas. As principais são as lagartas e os insetos sugadores, que atacam a parte aérea em diferentes estágios de desenvolvimento das plantas, mas podem estar presentes no solo e prejudicar a cultura desde a emergência. Há ainda pragas de solo, como corós e larva pão-de-galinha, além de, em alguns casos, estarem presentes cupins e brocas.

Na última classificação do MAPA da hierarquia das pragas de maior risco fitossanitário, a mosca-branca (Bemisia tabaci) e a vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa) foram consideradas de risco muito alto e alto, respectivamente, compondo um cenário em que o complexo de pragas da soja é motivo de preocupação nacional, exigindo medidas eficazes de controle desde a semente, para evitar danos na soja e nas culturas subsequentes.

As doenças de maior risco à soja

Doenças no início do ciclo da soja

Perdas por doenças no início do ciclo da soja.

As doenças da soja podem ser causadas, principalmente, por bactérias e fungos – estes últimos são organismos com alta capacidade de dispersão, adaptação e infecção. Ainda é comum que patógenos de solo já estejam presentes desde a semeadura em áreas com histórico de uma determinada doença, o que permite que o patógeno entre mais cedo na lavoura e que haja um crescimento populacional acelerado, com consequente aumento da severidade ao longo dos anos.

Danosos e, por vezes, resistentes, os fungos são parte do ecossistema microbiológico das áreas de cultivo, sendo beneficiados pelo mesmo ambiente que favorece também a cultura da soja. Assim, podem prejudicar sementes e grãos, causar manchas foliares e danificar as hastes, entre outros prejuízos.

Podridão-das-sementes, podridão-do-colmo, verrugose, cercosporiose, mela, podridão-aquosa, mofo-branco – causado por Sclerotinia sclerotiorum e considerado de alto risco fitossanitário pelo MAPA – e muitas outras doenças da soja ameaçam a cultura do início ao final do ciclo, se os patógenos não forem controlados de maneira integrada desde a semeadura. Aliás, no sistema bioecológico das lavouras, a ação das pragas pode favorecer a entrada de doenças e potencializar seus sintomas, de maneira que o controle precisa ser completo. 

Os nematoides de maior risco à soja

Falhas no estabelecimento inicial do estande de soja

Falhas no estabelecimento inicial do estande de soja em área com infestação de nematoides.

Considerados os inimigos ocultos das lavouras, os nematoides não são visíveis a olho nu, mas representam danos imensuráveis para a sanidade das plantas. A principal característica da maioria das espécies é de serem patógenos de solo que parasitam o sistema radicular da soja e de outras culturas hospedeiras, interferindo severamente no desenvolvimento da lavoura por reduzir a capacidade da planta em absorver água e nutrientes do solo.

Já foram identificadas diversas espécies de nematoides pelas lavouras do país, cujo aumento populacional e dificuldade de controle nas últimas safras preocupa produtores e especialistas que entendem a gravidade do problema e buscam alternativas acessíveis para evitar prejuízos em curto e longo prazo.

O nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita) é classificado pelo MAPA como de alto risco fitossanitário, pelos danos que causa e por estar distribuído pelas regiões produtoras de norte a sul do país. Igualmente importante é o nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus), pois sua presença em solos brasileiros é ainda mais abundante e os danos que causa nas raízes são muito severos, debilitando as plantas e facilitando a entrada de patógenos.

A presença desses vermes nas lavouras pode ser verificada desde a semeadura, com a possibilidade de causar enfraquecimento em plantas ainda muito jovens e torná-las ainda mais suscetíveis ao ataque de pragas e patógenos, pela diminuição da vigorosidade. Além disso, interferem na expressão do máximo potencial da cultivar utilizada na semeadura, reduzindo a produtividade da cultura.

Os três fatores somados criam um cenário improdutivo para o agricultor, que terá uma lavoura com potencial de produtividade muito reduzido – ainda que não perceba de imediato – por conta dessas ameaças que encontram em áreas agrícolas o ambiente favorável para se desenvolver.

Importância do Tratamento de Sementes

Pragas, patógenos e nematoides estão integrados no ecossistema das lavouras e precisam de medidas integradas de manejo para que sejam controlados com eficiência, a partir de práticas que não interfiram em outros fatores ambientais de que a cultura necessita para alcançar altas produtividades, como saúde do solo e disponibilidade de água e de matéria orgânica.

Como são intrínsecos ao ambiente agrícola, com ciclo de vida e capacidade de danos diretamente relacionados às condições ambientais, podem interferir na qualidade das plantas desde o plantio, causando efeitos que se estendem ao longo de todo o ciclo do cultivo. Por isso, a proteção das sementes é uma estratégia indispensável, entregando a cada planta o auxílio necessário para resistir à ação das ameaças desde a emergência, o momento mais crítico para o desenvolvimento da soja e decisivo no quesito produtividade.

Proteger as plantas no início do ciclo do cultivo com o TSI (Tratamento de Sementes Industrial) é uma das boas práticas de manejo que não podem faltar em estratégias integradas de aumento de produtividade, pois a técnica oferece:

  • proteção da qualidade das sementes;
  • resistência às ameaças do ambiente;
  • força na emergência da cultura;
  • resiliência das plantas ao longo do ciclo de produção;
  • controle inicial de pragas, doenças e nematoides;
  • eficiência contra patógenos de difícil controle;
  • proteção do potencial produtivo;
  • aplicação segura e homogênea do produto nas sementes.

A importância do TS é indiscutível, vistas as condições fitossanitárias das áreas destinadas ao cultivo, cujas características incluem a presença de microrganismos parasitas vegetais. A confluência entre as três principais ameaças à soja exige, assim, uma solução para a proteção completa da semente que realmente atinja todos os alvos no início do ciclo. Quando o tratamento é realizado na indústria – TSI – é preciso solicitar, às sementeiras e/ou às distribuidoras, as sementes tratadas com o produto desejado, conforme as necessidades da área de cultivo.

Colheita da safra de soja 2022/23: o Tratamento de Sementes contribuiu para bons resultados?

Com a finalização da colheita em junho, o Paraná alcançou um volume recorde de produção: 22,38 milhões de toneladas, de acordo com dados da Conab. Esse número é muito superior à safra anterior, quando o Estado totalizou uma produção de somente 12,25 milhões de toneladas.

Sojicultores e especialistas associam os bons resultados da colheita da soja com a adoção de um Tratamento de Sementes de alta tecnologia, uma medida preventiva que traduziu sua eficiência em volume, em qualidade e em rentabilidade. Diante disso, dificilmente os produtores abrirão mão do TS para soja na próxima safra, buscando desde já por melhores soluções e métodos disponíveis no mercado, a fim de proteger a lavoura desde o início. Um investimento que, comprovadamente, faz a diferença no momento da colheita.

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Solução 3 em 1 para uma soja protegida desde o início

O produtor de soja precisa de tripla proteção para suas plantas desde a semente, com uma solução que controle pragas, doenças e nematoides de uma só vez, por isso: Avicta® Completo. A oferta comercial é composta pelo inseticida e nematicida Avicta® 500 FS, pelo inseticida Cruiser® 350 FS e pelo fungicida Maxim® Advanced, que juntos controlam várias pragas, doenças e nematoides com classificação de risco:

  • Avicta® 500 FS: lagarta-elasmo; nematoide-das-lesões; e nematoide-das-galhas.
  • Cruiser® 350 FS: broca-do-colo; lagarta-elasmo; cupim-de-montículo; cupim-de-monte; mosca-branca; tamanduá-da-soja; bicudo-da-soja; torrãozinho; coró; bicho-bolo; pão-de-galinha; e vaquinha-verde-amarela.
  • Maxim® Advanced: podridão-das-sementes; podridão-do-colo; mancha-púrpura; crestamento-foliar; phomopsis-da-semente; verrugose; cladosporiose; podridão-aquosa; mela; podridão-de-Sclerotinia; podridão-branca; e mofo-branco.

Essa combinação entrega um TSI que realmente atende às atuais necessidades do produtor rural, aplicando diretamente nas sementes os ingredientes ativos que controlam com eficiência somente os alvos de interesse, uma tecnologia que impulsiona os altos rendimentos da sojicultura brasileira. Avicta® Completo apresenta os seguintes benefícios:

  • Facilidade para o produtor: as sementes vêm prontas para o plantio.
  • Agilidade nos processos de semeadura.
  • Redução do custo operacional e das perdas de produtos.

No vídeo a seguir, é possível entender como funciona a tripla proteção de Avicta® Completo:

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