O contexto da produção de cana-de-açúcar no Brasil é bastante estável. As variações previstas pela Conab, ao comparar as safras 2021/22 e 2022/23, é de uma produtividade 1,6% superior ao fim deste ciclo, com recuo de 2,6% de área plantada, que cedeu espaço para a soja e o milho. A canavicultura cresce em importância e vem sendo valorizada no mercado, de maneira que qualquer mínimo imprevisto pode interferir nas previsões. Assim, o produtor precisa redobrar a atenção no controle de daninhas na cana.

Apesar de a safra 2022/23 de cana ter sido regada por instabilidades climáticas, que criam dificuldades para o controle de plantas daninhas, a produção brasileira se mantém na liderança mundial da canavicultura, graças a planejamentos de manejo eficientes para combater a matocompetição e proteger o canavial.

O assunto ganha ainda mais visibilidade neste momento em que a demanda pelos subprodutos da cana é alta. Para que o ciclo se encerre com resultados satisfatórios para as usinas, sem correr risco de perdas de qualidade e quantidade de cana, o agricultor precisa ter o manejo de daninhas como foco primordial, diminuindo as possibilidades de prejuízos na colheita.

A seguir, serão apresentadas as estratégias de manejo pós-emergente que podem proteger a produtividade, considerando a chegada da temporada de chuvas, momento propício para a incidência de daninhas que não foram devidamente controladas em pré-emergência.

Contexto da canavicultura brasileira na safra 2022/23

Ao longo deste ano, percebeu-se perdas produtivas em decorrência das geadas ocorridas em 2021 nas principais regiões produtoras de cana do país. O fenômeno resultou em lavouras com plantações queimadas, inviabilizando, em alguns casos, a continuidade da produção.

Especificamente no Centro-Sul, as lavouras seguiram seu desenvolvimento sob condições de baixo índice pluviométrico e temperaturas abaixo do ideal, impactando a produtividade dos Estados mais significativos para a canavicultura nacional.

Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste, que apresentaram melhores condições climáticas, conseguiram aplicar um manejo assertivo nas áreas cultivadas, aumentando a produtividade estimada entre seus Estados produtores.

De um jeito ou de outro, o controle de daninhas na cana se mostra um desafio:

●     em situações de seca, a cultura fica mais vulnerável, a produtividade é menor e nunca se sabe quando as daninhas vão surgir;

●     em situações de alta umidade, a cultura é favorecida, apresentando bom desenvolvimento, mas sofrendo com a presença de daninhas, que também se fortalecem com as chuvas.

Assim, vale destacar como se comportam as plantas daninhas, considerando o momento das lavouras no período entre a primavera e o verão, quando se inicia a temporada das águas e a incidência de chuvas torna o controle de daninhas mais desafiador.

A temporada das águas: clima e manejo de daninhas nos últimos três meses do ano

No Brasil, a presença das chuvas a partir de setembro coincide com o momento em que as lavouras de cana estão em pleno desenvolvimento ou em momento de colheita nas principais regiões produtoras. Na região Centro-Sul, onde se concentra metade da área cultivada no país, a colheita iniciada em abril estava em torno de 60% no mês de setembro. Já nas regiões Norte e Nordeste, a colheita foi iniciada em agosto.

Em lavouras que estão para serem colhidas ou em pleno desenvolvimento , o que se encontra neste período de início das chuvas são plantas altas, bem desenvolvidas e com as entrelinhas fechadas. Pensando na incidência de daninhas, não é incomum quem imagine que o período crítico já passou, afinal, quando a cultura está pequena, as invasoras têm facilidade em se desenvolver e competir por recursos com o cultivo de importância.

De fato, as plantas de cana já grandes ocupam espaço e impedem a infiltração de raios solares, dificultando a emergência de daninhas. No entanto, canaviais que sofreram com a seca tendem a ter uma abertura maior, permitindo a entrada de luz solar, de maneira que as daninhas têm o ambiente perfeito para emergir (com acesso a água, luz e nutrientes).

Assim, a temporada das águas é o momento em que o banco de sementes de daninhas presente nas camadas logo abaixo do nível do solo que não foi devidamente controlado durante as aplicações em pré-emergência emerge. A incidência de daninhas na cana neste período do cultivo prejudica o desenvolvimento final da cultura, atrapalha as operações de colheita e diminui a qualidade da cana colhida.

Ainda assim, cabe destacar que, independentemente do momento do ciclo da cultura, o controle pós-emergente de daninhas é de fundamental importância, a partir de produtos que podem ser aplicados em todas as fases da cultura, o que será abordado mais adiante.

Controle de daninhas na cana em condições climáticas adversas

Com esse histórico vivenciado pela canavicultura na safra 2022/23, a melhor chance do produtor proteger o cultivo e a sua rentabilidade é contando com herbicidas inovadores e eficientes, tanto em pré-emergência quanto em pós-emergência.

O pré-emergente precisa apresentar um longo controle residual, de maneira a impedir a germinação de daninhas também quando a lavoura já está em estágio mais desenvolvido, funcionando, assim, em diferentes épocas do ano. Além disso, o controle em pré-emergência necessariamente precisa de uma solução de amplo espectro, para controlar as principais daninhas ao mesmo tempo, como capim-colonião e corda-de-viola.

Com isso, o produtor deve optar por um produto que atue nas camadas baixas do solo e que tenha alta e baixa solubilidade ao mesmo tempo, para controlar as daninhas em diferentes condições, com flexibilidade de aplicação na semisseca e na semiúmida,  característica importante para tempos de instabilidades climáticas. Além de, claro, ser indispensável a seletividade, de forma que a cana mantenha um crescimento sadio.

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Quando o manejo em pré-emergência não é eficiente, com uso de um produto sem longo residual, que não controla de maneira eficaz essas invasoras, as sementes que se mantiveram em estado de dormência durante a seca prolongada emergem com a chegada das chuvas, momento propício para sua germinação. Isso gera necessidade de repasses e de reprogramação da aplicação de herbicidas, exigindo o manejo em pós-emergência para o controle de daninhas na cana.

infografico calipen

O herbicida pós-emergente para qualquer situação da cana

Com a condição climática do Brasil e as instabilidades recentes, dificilmente o manejo pós-emergente é dispensável. Considerando que essa aplicação é muito comum na época das chuvas, quando a pressão de daninhas aumenta, a escolha de um produto que não agride a cana-de-açúcar é crucial.

Um produto altamente seletivo para a cultura e que apresenta excelentes resultados de controle de daninhas na cana em qualquer situação é Calipen® SC, com posicionamento para todos os momentos, como ilustrado na imagem acima. Sua formulação inovadora à base de mesotriona e atrazina promove resultados superiores contra as principais gramíneas e as folhas largas de difícil controle.

Estudos realizados em Paranavaí (PR) demonstraram que, 15 dias após a aplicação, Calipen® SC controlou satisfatoriamente capim-colchão e folhas largas, sem prejudicar as plantas de cana em desenvolvimento, demonstrando o poder de sua flexibilidade e alta seletividade. 

A solução apresenta um efeito residual adicional da atrazina, de maneira que seus efeitos se mantêm por muito mais tempo. Além disso, outros benefícios que o produtor recebe com o uso de Calipen® SC são:

●      versatilidade de aplicação em todas as fases da cultura;

●      conveniência e praticidade de uma mistura pronta;

●      alto nível de eficácia;

●      baixas doses e menor volume de embalagens.

No vídeo a seguir, o pesquisador Pedro Christoffoleti explica sobre a inovação no controle de daninhas na cana com Calipen® SC, dialogando com o agricultor a respeito do contexto desafiador da atual safra.

Assim, mesmo diante dos desafios climáticos, é preciso proteger a produtividade da cana, com herbicidas amplamente eficientes, de maneira que o produtor consiga resultados satisfatórios, sem perder o potencial da cultura por conta de daninhas. Com isso, é possível abastecer o mercado e aproveitar a valorização do ATR para obter mais lucratividade.

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