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Doenças na safrinha? Manejo eficiente para a sanidade do milho

Clima e métodos de cultivo podem favorecer a incidência de doenças do milho segunda safra. A solução é contar com ferramentas que diminuem a severidade e controlam os danos

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Publicado 26-04-2023 11:14:11

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Lavoura de milho

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A safrinha de milho é responsável por 76% do total da produção brasileira do grão em 2022/23, segundo as estimativas da Conab. Nesta safra, o avanço do plantio vem sendo impactado em diversas regiões produtoras, por conta da abundância de chuvas. Se, por um lado, essa condição é benéfica ao desenvolvimento inicial das lavouras, por outro, a alta umidade prevista para todo o ciclo de cultivo é fator crítico para o surgimento de patógenos e para o aumento da severidade das doenças.

Considerando a importância econômica da segunda safra de milho, tanto para o produtor, que aumenta sua rentabilidade com a safrinha em sucessão à soja, quanto para a agronegócio nacional, que visa uma demanda de 126.376,8 mil t para este ano, a eficiência no manejo de doenças do milho é crucial, pois oportuniza:

  • a manutenção da sanidade das plantas;
  • a preservação da área foliar;
  • a normalização da produção de fotoassimilados;
  • o potencial de produção de grãos.

Atrasos na semeadura e na colheita da soja, além do prolongamento no ciclo da cultura por conta do clima em algumas áreas, são fatores que impactam a semeadura do milho safrinha, que geralmente acontece entre janeiro e abril. Com as mudanças que vêm sendo observadas no regime de chuvas (que influenciaram também a safra de soja), é possível que os patógenos se comportem de maneira atípica. Quanto às doenças foliares, por exemplo, estima-se que possam reduzir a produção em até 30%, quadro que pode se agravar ainda mais por conta do clima favorável ao seu desenvolvimento.

Diante desse cenário, é preciso planejar um manejo completo contra o complexo de doenças do milho, com ações para o controle daquelas que acometem as folhas, os colmos e os grãos. É importante que o produtor já inicie o plantio da safrinha preparado para lidar com todos os desafios que os patógenos podem promover, sem abrir brechas para a redução da produtividade.

O complexo de doenças no milho safrinha

A planta do milho apresenta em seu metabolismo alta eficiência em converter radiação solar em biomassa. Isso significa que a perda de área foliar pela ação de patógenos interfere radicalmente no potencial produtivo da cultura, por conta da diminuição da taxa fotossintética e, consequentemente, da produção de fotoassimilados. Isso gera déficit de substâncias necessárias para desenvolver os grãos, e a planta usa a reserva de carboidratos dos caules para poder seguir com seu ciclo reprodutivo. Nesse processo, os colmos do milho ficam comprometidos, podendo resultar em tombamento das plantas e inviabilização da colheita.

Nesse sentido, além dos sintomas específicos de cada doença, há um fator crítico relacionado ao metabolismo da planta e ao complexo de doenças do milho, cuja incidência é favorecida em condições climáticas ideais (alta umidade e temperatura em torno de 30 ºC) e por fatores que envolvem o método de cultivo, tais como:

  • sucessão de cultivos;
  • plantio direto sem rotação de culturas;
  • uso de cultivares suscetíveis.

As doenças na safrinha de milho apresentam a similaridade de serem causadas por patógenos que sobrevivem no solo e em restos culturais, de maneira que a falta do pousio leva a um acúmulo de inóculos responsáveis por doenças foliares, além de podridão do colmo e grãos ardidos. As principais delas serão descritas a seguir, afinal, conhecer as doenças é o primeiro passo para a tomada de decisões assertivas para a proteção da sanidade do milho.

Mancha-branca

O produtor de milho que nunca precisou lidar com a mancha-branca que atire a primeira pedra. Amplamente difundida no território brasileiro, a doença pode ser causada  por mais de um  patógeno (a bactéria Pantoea ananatis e o fungo Phaeosphaeria maydis), que compõem o complexo microbiano, justificando por que a mancha-branca no milho é considerada de difícil controle.

Os sintomas iniciais são manchas verdes típicas de bactérias como parasitas vegetais, que posteriormente formam necroses circulares e alongadas, em cujo centro são desenvolvidos os fungos. A mancha-branca ocorre com mais facilidade em condição de umidade superior a 60%.

Ferrugem-polissora

A ferrugem-polissora ocorre com alta incidência e severidade nos cultivos de milho por todo o Brasil. Seu patógeno (Puccinia polysora) tem condições favoráveis de desenvolvimento em ambientes úmidos e com temperatura de 26 ºC a 30 ºC, característica encontrada em boa parte das regiões produtoras do milho segunda safra. Em contextos como esse, há potencial para inviabilizar mais de 50% da produção, por conta dos seguintes danos:

  • redução da área foliar;
  • diminuição do vigor das plantas;
  • perda de peso dos grãos;
  • senescência precoce;
  • acamamento das plantas.

Os sintomas são pústulas marrons na face superior da folha, que podem tomar conta de toda a superfície. Em situações mais severas, é possível que essas lesões avancem sobre outras estruturas da parte aérea da planta.

Cercosporiose

Causada pelos fungos do gênero Cercospora, a cercosporiose ocorre em áreas de cultivo de milho no mundo todo, quando há alta umidade relativa do ar, formação de orvalho e temperatura entre 22 ºC e 30 °C.

Estima-se que possa reduzir a produtividade de 20 a 60%, acometendo as folhas na região das nervuras, de maneira a causar lesões retangulares de coloração marrom. Sob alta umidade, aumenta a esporulação do fungo, o que confere às manchas um aspecto acinzentado. A cercosporiose é muito agressiva e preocupa pelo seu potencial de dano, podendo reduzir de maneira drástica a área fotossintética. Com isso, há significativa perda de água, o que leva à deterioração do colmo, com possibilidade de acamamento.

Helmintosporiose

O patógeno Exserohilum turcicum é responsável pela helmintosporiose e causa lesões elípticas e alongadas nas folhas, geralmente de cor cinza. Os prejuízos na produção podem ser superiores a 40%, em condições de temperatura entre 18 ºC e 27 °C e alta umidade.

As lesões necróticas aparecem primeiro nas folhas mais velhas e podem causar queima total do tecido vegetal. Já foram registradas epidemias de helmintosporiose em diferentes regiões produtoras de milho pelo mundo, indicando a alta capacidade de dispersão do fungo, tanto por meio do vento quanto de restos culturais, que são fontes de inóculo.

Podridão-do-colmo

A sanidade do colmo do milho é de extrema importância para a proteção da produtividade, sendo essa a estrutura responsável pelo transporte de água e nutrientes pela planta e pela sustentação das folhas e das estruturas reprodutivas. Além disso, em situações em que a área foliar foi afetada, o colmo serve de reserva energética, suprindo as necessidades da planta em fase reprodutiva ao redistribuir os carboidratos para os grãos.

Diante disso, o ataque de doenças que causam a podridão do colmo tem potencial de colocar boa parte da produção a perder, especialmente em lavouras que também sofrem com as manchas foliares. A podridão-do-colmo pode ser causada pelos fungos  Fusarium spp.

Essa doença ocorre de maneira generalizada nas áreas produtoras de milho, apresentando como principais consequências:

  • comprometimento da translocação de água e de nutrientes provenientes do solo;
  • quebra e/ou acamamento do colmo;
  • dificuldades na colheita;
  • diminuição do rendimento e da qualidade dos grãos.

Sob estresses ambientais a planta fica mais suscetível à podridão-do-colmo, potencializada diante de redução da taxa de fotossíntese e da produção de carboidratos resultantes de restrição hídrica, alta temperatura, falta de nutrientes, falta de luz solar e perda da área foliar. Redução no enchimento dos grãos e morte prematura das plantas são dois dos danos diretos mais graves.

Grãos ardidos

O ataque de fungos na pré-colheita do milho pode causar os grãos ardidos, devido à ação dos patógenos no interior dos grãos durante a fase reprodutiva. Essa condição não só causa perdas em quantidade, mas também em qualidade, pois desvaloriza o produto a ser entregue ao mercado.

Além disso, é possível que haja a presença de micotoxinas, nocivas à saúde humana e animal, por isso, a legislação brasileira define limites para grãos ardidos, como padrão de qualidade. Assim, se a quantidade for superior a 6% do lote, o produtor pode ter graves prejuízos financeiros.

Essa infecção pode ser percebida visualmente pela descoloração, sintoma que pode significar a presença dos fungos Fusarium spp., Diplodia maydis, D. macrospora, Gibberella zeae, Penicillium oxalicum, Aspergillus spp., ou outros.

Os patógenos causam podridão das espigas, que vai da base à ponta, algo comum quando há frequência de chuvas no final do desenvolvimento da cultura. A doença pode ainda ser consequência dos fungos responsáveis pela podridão do colmo que por ventura tenham migrado para as espigas por falta de medidas efetivas de controle.

Um manejo completo contra as doenças na safrinha

Diante de tantas ameaças e prejuízos que o complexo de doenças do milho inflige para o produtor da safrinha, especialmente em regiões agrícolas regadas com chuvas em excesso, é preciso posicionar medidas de controle eficazes durante todo o ciclo produtivo, com foco em rotacionar produtos de modos de ação distintos, a fim de evitar a seleção de resistência dos patógenos.

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Um manejo poderoso contra as doenças do milho

Um produto lançado em 2022 excelente no manejo antirresistência é Miravis® Duo. Ele é composto por uma molécula inédita no mercado, inovando com a combinação de Adepidyn® e difenoconazol, de maneira a entregar um novo patamar de controle contra as doenças do milho. Adepidyn® é considerada uma molécula 3 em 1, pois oferece os seguintes benefícios:

  • poder de controle;
  • longo residual;
  • amplo espectro de ação.

Miravis® Duo apresenta atividade intrínseca contra a mancha-branca, com resultados superiores também no controle de cercosporiose, ferrugem-polissora, helmintosporiose e podridão-do-colmo. Sua formulação permite rápida absorção pelo tecido foliar, mas liberação gradual do ativo, o que resulta em uma excelente resistência do produto à chuva.

Infográfico milho

Comparativo de resultados de controle de manchas foliares no milho.

O posicionamento do produto pode ser realizado durante o vegetativo, em V8, com uma segunda aplicação em VT, momentos ideais para o controle das doenças do milho e para alcançar incrementos de produtividade.

Infográfico Miravis Duo

O caminho sem manchas para o milho

A conquista de uma lavoura sem manchas depende de um fungicida foliar eficiente em todos os estádios da cultura, capaz de controlar diferentes patógenos e reduzir a incidência de doenças. É por isso que o fungicida Priori Top® foi desenvolvido com a combinação de dois ingredientes ativos complementares, proporcionando:

  • eficiência superior contra manchas;
  • amplo espectro de controle.

O produto é composto por azoxistrobina – a estrobilurina mais sistêmica do mercado – e difenoconazol – um triazol especialista em manchas –, em uma formulação de alta tecnologia que protege as folhas por inteiro e confere efeito prolongado de controle.

Portfólio completo para máxima sanidade do milho na safrinha

A rotação de moléculas fungicidas e a alta eficiência de controle contra as doenças do milho podem ser complementadas por meio de mais três fungicidas que entregam ação superior na proteção da safrinha e estão disponíveis no portfólio Syngenta:

  • Score® Flexi: ideal para a aplicação zero, entre V4 e V6, previne o complexo de doenças antes que causem danos à cultura, diminuindo as chances de desenvolvimento de grãos ardidos na fase reprodutiva.
  • Priori Xtra®: fungicida sistêmico para aplicações preventivas, protege a parte aérea do milho e ainda pode conferir efeitos fisiológicos benéficos às plantas.
  • Bravonil®: um multissítio de renome, é importante ferramenta para o manejo de doenças do milho, proporcionando um complemento indispensável para evitar a resistência dos patógenos.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

Acesse o portal da Syngenta e acompanhe os conteúdos do Mais Agro para saber tudo o que está acontecendo no campo!

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