Antes mesmo de iniciar as operações de semeadura da soja, é estratégico planejar a aplicação de herbicidas pré-emergentes. O objetivo? Permitir que a soja cresça no limpo, criando um cenário diferente da imagem acima. No artigo Estratégias de controle de plantas daninhas na soja, publicado pela central de conteúdos Mais Agro, fica evidente a importância de um programa estruturado, que conte com manejo antecipado, dessecação pré-plantio e manejo pré-emergente.

Assim, é possível manter a área livre de daninhas resistentes ou de difícil controle no primeiro momento mais importante para a produtividade da cultura: o estabelecimento inicial. É nessa fase de germinação e emergência da soja que as plantas invasoras têm maior capacidade de provocar prejuízos, visto que elas limitam o vigor das plântulas, reduzindo seu desenvolvimento radicular e da parte aérea.

Como consequência, a lavoura fica impedida de expressar seu máximo potencial produtivo, além de que a presença, o desenvolvimento e a propagação de plantas daninhas na soja ao longo do ciclo de produção não afeta somente a cultura, mas também as operações, dificultando a circulação de maquinários na área. 

Uma infestação que não é controlada logo no início tende a se alastrar rapidamente, pois a alta produção de sementes é uma das principais características das plantas daninhas. Dessa forma, milhares de sementes se espalham pelo solo, formando um banco que, quando germinar, será responsável por reinfestações, em um ciclo que se estende inclusive para a safra seguinte. Controlar esse banco de sementes é outro benefício do manejo pré-emergente.

Portanto, no início da safra é importante acompanhar o clima e preparar a área para a semeadura, já estruturando também o manejo pré-emergente. Com o objetivo de apoiar o produtor rural nessa etapa imprescindível, este artigo tratará de fatores que o produtor precisa considerar para definir como aplicar herbicida pré-emergente.

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Herbicida pré-emergente: o que é e quais são os benefícios?

Herbicidas pré-emergentes são aqueles posicionados um pouco antes (aplique-plante) ou logo depois (plante-aplique) da semeadura. Para assegurar eficiência, suas principais características devem ser: longo período residual, seletividade à cultura e alta solubilidade.

O uso de herbicidas pré-emergentes na soja tem como alvo o solo – enquanto os pós-emergentes são aplicados nas folhas – em área total, controlando as plantas daninhas antes mesmo de emergirem, e no momento em que a cultura ainda não está instalada. Para isso, o produto precisa ter formulação e composição inteligentes, impedindo a germinação do banco de sementes de diversas espécies de invasoras por todo o período de desenvolvimento inicial da soja.

Dessa forma, a cultura é estabelecida sem matocompetição, protegendo seu vigor e seu desenvolvimento radicular, o que viabiliza uma soja mais resiliente, com crescimento mais rápido, de porte maior e com alta produção de vagens, ou seja, muito mais produtiva. Isso é possível porque o manejo das daninhas em fase inicial é mais eficiente, sendo possível controlar até mesmo as espécies resistentes.

A alta performance dos herbicidas pré-emergentes também contribui para diminuir a pressão de pragas e doenças agrícolas. Afinal, diversas espécies parasitam também as plantas daninhas, de maneira que sua presença favorece os ataques desses patógenos, enquanto sua ausência limita a presença, a distribuição e o potencial de danos causados por essas ameaças à produtividade. 

Enfim, os benefícios do manejo pré-emergente de plantas daninhas na soja são muitos. O controle inicial de infestações e a prevenção da pressão de pragas e doenças resultam em dois fatores que protegem a rentabilidade do produtor rural: 

  • produção de grãos em maior quantidade e de qualidade superior, valorizando a matéria-prima e melhorando as condições de negociação;
  • menor necessidade de ações de controle ao longo do ciclo, diminuindo (ou deixando de aumentar) os custos de produção da safra.

Não se pode esquecer, porém, que tudo isso não é alcançado realizando o manejo pré-emergente de daninhas de maneira isolada. Nenhuma prática é eficiente por si só. É preciso integrar medidas, seguindo recomendações do MIPD (manejo integrado de plantas daninhas).

Determinações para a aplicação de herbicida pré-emergente na soja

manejo pré-emergente de daninhas

Aplicação de herbicida pré-emergente para soja. Fonte: arquivo Syngenta.

Para extrair o melhor do manejo pré-emergente na soja, não basta apenas posicionar o produto corretamente, e se engana quem pensa que tão somente integrar medidas preventivas, culturais e de controle químico de plantas daninhas é suficiente (se assim fosse, a tarefa não seria tão desafiadora quanto se mostra atualmente). Uma aplicação eficiente passa por fatores que podem ser agrupados em quatro frentes:

  1. Solo.
  2. Umidade.
  3. Clima.
  4. Produto.

Para facilitar a compreensão de como aplicar herbicida pré-emergente, foi feito um resumo dos critérios de uso desses produtos, oportunizando que o produtor inicie a semeadura já pronto para estruturar corretamente o controle de plantas daninhas no início do cultivo. 

1. Solo

O herbicida pré-emergente precisa penetrar o solo para conseguir controlar o banco de sementes antes da germinação. Assim, as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo influenciam o potencial de adsorção e disponibilidade do produto, ou seja, sua capacidade de se dissolver no ambiente, atingindo os alvos de maneira ampla e assertiva.

Propriedades físicas do solo: quantidade de argila e textura 

Segundo uma pesquisa realizada por especialistas da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), os herbicidas pré-emergentes apresentaram período residual maior quando aplicados em solos com alto teor de argila, em comparação com solos arenosos, isso porque tais propriedades atraem as moléculas herbicidas, liberando o produto de forma mais lenta. Portanto, esses são indicadores importantes para a determinação das doses corretas de aplicação, visando a melhor performance dentro de cada cenário.

Propriedades químicas do solo: CTC e pH

A CTC (capacidade de troca de cátions) e o pH (grau de acidez) são propriedades químicas intrínsecas ao solo que influenciam a eficiência do herbicida pré-emergente. Estudos indicam que, quanto maior o pH, maior a disponibilidade do produto no solo e menor sua degradação. Além disso, a depender do nível de acidez ou basicidade do solo, pode haver alterações químicas na molécula herbicida, tornando o produto ineficiente.

Quanto ao CTC, o que se discute – de acordo com a tese desenvolvida por Biffe, para o programa de pós-graduação em agronomia da Universidade Estadual de Maringá – é que solos com valores baixos podem afetar não só a performance do controle, mas também acabar causando injúrias nas plantas de soja.

Propriedades biológicas do solo: teor de matéria orgânica

A quantidade de matéria orgânica depende do sistema de cultivo e da microbiologia do solo, com a presença de organismos decompositores que equilibram o ecossistema microbiológico. O alto teor de matéria orgânica promove a adsorção do herbicida pré-emergente e também é um dos indicadores de saúde do solo, sendo assim necessária para o desenvolvimento vigoroso da cultura e o alcance de altas produtividades.

2. Umidade

A umidade do solo é fator fundamental para permitir a solubilidade e a penetração do produto. O herbicida pré-emergente precisa fazer parte da solução do solo para ter o efeito desejado, semelhantemente ao que ocorre com nutrientes e fertilizantes. Isso significa que é preciso umidade suficiente para incorporar o produto antes que ele sofra fotodegradação. 

Então, a semente indesejada, ao se nutrir da solução do solo para germinar ou emergir, estará também absorvendo o herbicida, que impedirá a continuidade de seu desenvolvimento. Por isso, é importante acompanhar o clima para planejar a semeadura e quando aplicar o pré-emergente na soja, considerando que o solo precisa estar úmido para a melhor eficiência de controle, o que exige chuva antes ou logo depois da aplicação.

Conforme orienta o pesquisador Mário Bianchi (revista Plantio Direto, 2021), a emergência de plantas daninhas após a aplicação pré-emergente nem sempre significa que a solução escolhida foi ineficiente ou que a espécie presente é resistente ao modo de ação utilizado. Muitas vezes, a falha no resultado se deve à falta de umidade no ambiente, algo comum em regiões em que o plantio de soja coincide com a época de chuvas irregulares.

3. Clima

Planejar o plantio da soja e a aplicação de herbicida pré-emergente com base nas previsões climáticas vai além da averiguação da possibilidade de introduzir maquinários na área, de realizar a operação dentro da janela de semeadura e da disponibilidade de umidade suficiente para promover um controle de plantas daninhas eficiente.

Por um lado, acompanhar as oscilações de vento e temperatura possibilita definir o período ideal do dia para realizar a aplicação, visto que calor elevado por longo período durante e depois da operação pode causar perda do produto por evaporação (fotodegradação), reduzindo a qualidade do manejo pré-emergente.

Por outro lado, é preciso boa quantidade de chuvas não apenas para que o herbicida alcance o banco de sementes, sem grandes perdas de volume ao longo do percurso, mas também para evitar o efeito carryover, condição em que a ausência de chuvas faz o tempo residual prolongar mais do que deveria, causando danos nas culturas a serem implementadas posteriormente.

4. Produto

Se todos os outros três fatores estiverem nas melhores condições possíveis e alinhados em prol da eficiência do manejo pré-emergente de plantas daninhas na soja, já será um bom caminho andado. Porém, esse planejamento impecável pode não ser suficiente, caso não seja utilizado um herbicida pré-emergente com as características certas para a modalidade de aplicação.

É preciso escolher um produto com alta solubilidade e tecnologia de formulação que proteja as moléculas durante a mobilidade pela palhada, até atingirem o solo. A cobertura com palha, sob o sistema de plantio direto na soja, é uma importante medida do manejo integrado de plantas daninhas, pois ela já inibe a emergência das invasoras. No entanto, o herbicida pré-emergente deve conseguir atravessar essa barreira física com facilidade.

É importante ainda que os ingredientes ativos sejam liberados gradualmente, para não haver perda de eficiência e para aumentar o período residual, de maneira a manter o banco de sementes controlado por mais tempo. 

A solução precisa ser composta por uma combinação de ingredientes ativos com modos de ação distintos, a fim de conferir amplo espectro de controle e ser uma ferramenta que contribui para o manejo antirresistência. Por fim, a seletividade do produto é outra característica crucial, a fim de não causar fitotoxicidade à cultura.

Sobre a escolha do herbicida pré-emergente que controla o mal pela raiz

A Syngenta, referência mundial em proteção de cultivos, visando oferecer mais qualidade para o manejo pré-emergente de plantas daninhas na soja, disponibiliza em seu portfólio EDDUS®, um herbicida pré-emergente que contempla todas as características necessárias para essa modalidade de aplicação, permitindo que a soja emerja e se desenvolva no limpo, expressando todo o seu potencial produtivo.

Com  EDDUS®, o sojicultor tem acesso aos seguintes benefícios:

  • Amplo espectro: gramíneas e folhas largas.
  • Altamente seletivo para a cultura da soja.
  • Alta performance no combate às principais plantas daninhas resistentes ao glifosato (capim-amargoso, pé-de-galinha, caruru, etc).
  • Acelera a dessecação: ação pós-emergente inicial das plantas daninhas.
  • Formulação de alta tecnologia, conferindo estabilidade em condições adversas.
  • Atua no manejo antirresistência, devido aos seus dois ingredientes ativos com diferentes mecanismos de ação e complementares.

Composto por s-metolacloro e fomesafen, EDDUS® é a combinação de dois ingredientes ativos, atuando contra as principais plantas daninhas de difícil controle na soja, como capim-pé-galinha, caruru, capim-amargoso e muitas outras. Esse herbicida pré-emergente para soja tem eficiência sob diferentes condições de solo e clima, podendo ser utilizado em todas as regiões produtoras do Brasil.

O vídeo a seguir apresenta a avaliação de três especialistas sobre o herbicida EDDUS®:

Além de proporcionar uma soja sem mato por sua eficiência de controle, EDDUS® é formulado por meio de uma tecnologia que mantém a estabilidade das moléculas e permite sua translocação pela palhada, protegendo os ativos até que atinjam o solo.

Dessa forma, é possível concluir que esse é o pré-emergente para soja desenvolvido para ser a ferramenta que atende às atuais necessidades do produtor rural. Combinando proteção do solo, aplicação em condições ideais de umidade e temperatura e EDDUS®, cria-se o melhor cenário para o início da safra, tendo como objetivo principal bater o recorde de produtividade e proteger a rentabilidade do agricultor.

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