Na última segunda-feira, dia 24 de maio, o Ministério do Comércio divulgou que Brasil e China assinaram um acordo para a permissão da exportação de milho brasileiro para o país asiático, consolidando ainda mais as relações comerciais entre ambos no agronegócio.

A medida ocorre após a China realizar uma compra recorde de milho em 2021. Além do milho, um protocolo de exportação de amendoim foi acordado, e um avanço significativo para possíveis negociações sobre proteína e farelo de soja.

Além disso, o Ministério da Agricultura afirmou, em um outro comunicado, que mais quatro protocolos foram assinados para exportação de outros alimentos: farelo de algodão, carne termicamente processada, melão e peras serão exportadas da China para o Brasil.

Outra boa notícia é que ambas as partes também concordaram em envidar esforços para finalizar, até o fim de 2022, as negociações sobre exportações brasileiras de sorgo, gergelim e uvas para a China.

O Ministério ainda diz que negociações futuras vão se concentrar em tornar possíveis as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos para a China, bem como as exportações de maçã da China para o Brasil.

Impacto das exportações nas regiões produtoras brasileiras

O aumento das exportações de milho para a China faz parte de uma estratégia do país asiático para a segurança alimentar, além do crescimento do consumo de ração animal, uma vez que a criação de rebanho suíno foi retomada. Com isso, o Brasil ganha destaque como um importante player dentro do atual momento geopolítico mundial na exportação de alimentos.

Outro fator é que o Brasil prevê alta na produtividade do milho, após um período de quebra de safra em 2020/21. De acordo com o 8º levantamento de grãos da Conab, o país deve fechar a safra 2021/22 com 114,5 milhões de toneladas colhidas, o que corresponde a um aumento de 31,6% em relação à safra anterior.

O Mato Grosso é o principal estado produtor de milho do Brasil e a notícia sobre a assinatura do protocolo entre Brasil e China foi recebida com comemoração pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso), segundo divulgado pelo Canal Rural.

Já no Paraná, segundo maior produtor de milho do Brasil, de acordo com a Integrada Cooperativa, a notícia é boa, mas há alguns pontos que devem ser levados em consideração. Para o segmento de grãos e para o produtor é uma excelente oportunidade de negócio, mas para a agroindústria pode não ser tão vantajoso pela tendência de alta dos preços, já que os estoques poderiam entrar em uma competição interna.

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Cenário para o mercado interno

Para o mercado interno, o aumento das exportações de milho reforça o posicionamento de destaque do Brasil no agronegócio mundial. Isso dá suporte aos preços do cereal no país, impactando também os custos de produção, que podem se manter estáveis diante do aumento que ocorreu nos últimos meses no preço dos insumos.

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