O trigo é uma importante cultura de inverno do agronegócio brasileiro e vem apresentando bons números de produtividade nas últimas safras. No entanto, o cultivo necessita de um manejo adequado ao longo do seu desenvolvimento, pois problemas como doenças podem comprometer a produtividade da lavoura.

De acordo com o 10º levantamento da safra de grãos, realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em julho de 2022, a safra 2022/23 deve fechar com 17,6% a mais de produção em relação à anterior, uma perspectiva de 9.031,6 mil toneladas colhidas.

O cultivo do trigo brasileiro acontece em grande parte na região Sul devido às condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, pois o cereal precisa de alto volume de umidade no ambiente e temperaturas amenas, que variem entre 15 ºC e 20 ºC. Mesmo assim, o trigo ainda pode sofrer com o ataque dos fungos, já que a diversidade de ambientes dificulta a padronização de estratégias de manejo para controle de doenças.

Por isso, identificar os sintomas das doenças logo no início vai facilitar a tomada de decisão do triticultor, aliando as boas práticas agrícolas ao uso de um fungicida eficaz para controlar essas ameaças e obter o máximo potencial produtivo da lavoura.

Características de cinco doenças de destaque do trigo

São inúmeras as doenças que podem se manifestar na lavoura de trigo. Especialmente nas áreas produtoras do Brasil, cinco delas merecem destaque e atenção por parte do produtor, devido à agressividade dos danos ao longo do desenvolvimento das plantas.

Confira!

Mancha-bronzeada-da-folha (Drechslera tritici-repentis)

Mancha-bronzeada-da-folha

Também conhecida como mancha-amarela, é a principal mancha foliar a acometer o trigo e tem maior incidência em áreas de plantio direto com monocultura.

É comum os sintomas aparecerem logo após a emergência da cultura, formando lesões elípticas que atingem até 12 mm. Em casos mais agressivos da doença, toda a folha sofre com a necrose, impactando diretamente a produtividade.

Giberela (Gibberella zeae)

Giberela

O principal problema dessa doença é a dificuldade em identificá-la corretamente nas espigas, o que pode prejudicar, e muito, o desenvolvimento das plantas.

O fungo produz estruturas que formam uma massa de coloração alaranjada/salmão e os primeiros sintomas são identificados pelas aristas de espiguetas infectadas pelo patógeno, que se desviam do sentido das aristas de espiguetas não infectadas. As espiguetas doentes adquirem coloração esbranquiçada.

O grande prejuízo está na má-formação de grãos, que ficam chochos, enrugados e com a coloração branca ou parda, prejudicando a rentabilidade da safra.

Ferrugem-da-folha (Puccinia triticina)

Ferrugem-da-folha

É considerada a ferrugem mais comum na cultura do trigo e, se não controlada, pode causar perdas de até 50% no rendimento dos grãos.

Os sintomas aparecem primeiro nas folhas e, com a evolução da doença, formam pústulas teliais pretas e ovais que ficam até o amadurecimento da planta, recobrindo a epiderme.

Ferrugem-do-colmo (Puccinia graminis)

Ferrugem-do-colmo

É uma ferrugem extremamente agressiva para a lavoura, podendo causar perdas de até 100% se não for controlada logo no início.

O patógeno ataca as partes verdes da planta e um dos sintomas é o surgimento de manchas puntiformes levemente amareladas que vão aumentando conforme a doença evolui. Ao romper a epiderme, pode causar um segundo tipo de frutificação, negra e alongada.

Oídio (Blumeria graminis f. sp. tritici)

Oídio

Onde tem triticultura, há ocorrência de oídio. A doença causada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici está presente em todos os países que produzem trigo. No Brasil, o patógeno é mais frequente na região Sul, principal responsável pela produção de trigo do país.

O oídio pode ser facilmente identificado, pois causa danos à superfície superior das folhas, que ficam encobertas por uma camada branca de micélio, com potencial de expandir para espigas e arestas em casos de infestações intensas.

Os efeitos negativos dessa doença fúngica podem se alastrar para a face foliar inferior, cujos tecidos ficam com coloração entre verde-pálida e amarela. Há também formação de anéis necróticos em torno das manchas brancas, nas folhas mais velhas.

O comprometimento da atividade fotossintética das plantas de trigo, causado pelas manchas e pela queda das folhas devido à ação do fungo, reduz o vigor da cultura, que pode ter uma queda de rendimento de até 62%.

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Boas práticas no manejo de doenças do trigo

Sabendo dos prejuízos que as doenças podem causar à cultura do trigo, é importante que o triticultor coloque em prática um conjunto de estratégias para realizar o controle preventivo e curativo dessas ameaças da lavoura.

Além do monitoramento constante, outras práticas são fundamentais para manter a sanidade da lavoura e extrair o máximo potencial produtivo das plantas, tais como:

  • uso de cultivares resistentes;

  • adoção da rotação de culturas;

  • uso de sementes tratadas;

  • aplicação de fungicidas de alta performance.

Vale ressaltar que o controle químico com a aplicação de fungicida deve ser uma ferramenta utilizada desde o plantio da cultura, protegendo as plantas desde a emergência até a fase final do ciclo, já que as doenças podem atacar em qualquer momento.

Fungicidas para controle de doenças no trigo

A escolha do fungicida ideal para aplicação na lavoura também é importante para o desenvolvimento saudável das plantas.

Hoje o mercado oferece um portfólio completo de soluções para o controle de doenças, por isso, é importante sempre consultar um engenheiro agrônomo para avaliar qual o melhor produto e o melhor momento de aplicação.

Entre as características fundamentais que um fungicida precisa ter para oferecer um bom desempenho no campo, estão:

  • Sistemicidade: proporciona proteção completa e pode oferecer efeitos fisiológicos benéficos às plantas;

  • Amplo espectro: uma única solução que controle diversas doenças do trigo;

  • Controle superior: formulação que combina ingredientes ativos potentes, oferecendo proteção completa e de forma rápida à planta;

  • Efeito residual: soluções que proporcionem à lavoura maior tempo de proteção contra o ataque de patógenos.

Fungicidas de formulação moderna e poderosa podem elevar o patamar de controle de doenças ao mais alto nível, a fim de criar condições para que a cultura expresse seu máximo potencial produtivo, com sustentabilidade e maior rentabilidade ao produtor.

Vale lembrar que a Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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