Com a expansão do cultivo da cultura, o aumento de área semeada, a ampla janela de plantio e a entrada de novos patógenos, houve uma intensificação da incidência de doenças na soja nas últimas safras. São cerca de 40 doenças identificadas no Brasil, e a frequência e a gravidade das ocorrências variam de acordo com a região e com as condições climáticas.

Para a safra 2023/24, que acabou de iniciar, as previsões são que haja uma alta pressão de patógenos, impulsionada pelas condições de alta temperatura e umidade causadas pelo El Niño, que contribui para um cenário de maior vulnerabilidade para a produtividade da soja, exigindo maior planejamento por parte do produtor.

Além disso, nas últimas safras um novo desafio passou a fazer parte do cultivo da cultura, especialmente nas lavouras do eixo da BR-163, no Mato Grosso, gerando perdas produtivas significativas: a anomalia, também chamada de podridão dos grãos e sementes e quebramento das hastes.

Portanto, o produtor precisa ficar atento, além de conhecer e aplicar diversas técnicas de manejo para conseguir obter sucesso no controle do complexo de doenças, aplicando os princípios do manejo consciente e utilizando as melhores práticas de tecnologia de aplicação e os melhores produtos.

Manejo integrado de doenças na soja

Dentre as principais doenças registradas em campo nas últimas safras, podemos destacar ferrugem-asiática, mancha-alvo, cercosporiose, antracnose, e mais recentemente, a anomalia.

Cada uma delas representa um enorme potencial de perdas e demanda a aplicação de uma combinação de práticas visando um controle que seja tanto efetivo quanto sustentável a longo prazo. Algumas dessas medidas integradas são:

  • conhecimento do histórico da lavoura;
  • eliminação de plantas hospedeiras ou voluntárias;
  • rotação de culturas;
  • descompactação do solo, visando o bom desenvolvimento de raízes e a diminuição do acúmulo de água em períodos chuvosos;
  • adubação adequada, visando o desenvolvimento de plantas menos sensíveis a doenças;
  • uso de sementes certificadas e de boa procedência;
  • monitoramento da lavoura desde o início, visando a definição do melhor momento para aplicação do controle químico.

Além disso, recomenda-se a adesão a um manejo consciente, que leve em consideração alguns princípios, como adoção do vazio sanitário, escolha de cultivares precoces e/ou resistentes, semeadura apenas após o início da época recomendada e utilização de fungicidas preventivamente.

Ademais, a aplicação dos fungicidas deve seguir doses, volume de calda e intervalos recomendados em bula pelo fabricante. Também deve-se rotacionar os diferentes modos de ação, realizar no máximo duas aplicações de produtos com mesmo modo de ação em sequência, aguardar um intervalo de 14 dias entre aplicações, incluir multissítios e adotar boas práticas de tecnologia de aplicação.

Essas estratégias são imprescindíveis para a redução da pressão de doenças e a preservação da eficiência das tecnologias existentes, garantindo a proteção do potencial produtivo da lavoura e a rentabilidade do produtor. Além disso, certificar que as soluções estão sendo empregadas de forma adequada é fundamental para o controle efetivo.

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Melhores práticas de tecnologia de aplicação

A utilização das melhores práticas de tecnologia de aplicação é de extrema importância para garantir que os defensivos consigam desempenhar seu papel e o desperdício de produtos seja minimizado, além de prezar pela manutenção da eficácia da tecnologia e proteger o meio ambiente e as pessoas.

Essas práticas envolvem um conjunto de conhecimentos sobre as formulações dos produtos fitossanitários, os patógenos, o ambiente, a operação de pulverização, a dosagem recomendada, entre outros aspectos que visam garantir um manejo eficaz e seguro.

manejo de doenças na soja

Operação de pulverização em lavoura de soja.

Uma aplicação eficiente é aquela em que não ocorre deriva, atinge o alvo e controla a doença. Para isso, é necessária uma calibração correta dos equipamentos, o que inclui a regulagem do pulverizador e o ajuste dos seguintes elementos:

  • altura da barra;
  • distância entre os bicos;
  • velocidade do trator;
  • rotação;
  • pressão;
  • dosagem precisa.

Já para escolher o bico de pulverização, é preciso considerar:

  • o produto a ser aplicado;
  • o tamanho das gotas;
  • a vazão de trabalho;
  • o volume por área.

Também é necessário um profundo conhecimento sobre como ocorre a absorção do produto, se é fotossensível, volátil, sistêmico, de contato, além de entender a influência do clima, da temperatura, da evaporação, da umidade, da seca e do vento. De modo geral, as condições climáticas ideais para aplicação de defensivos envolvem temperaturas abaixo de 30 °C, umidade acima de 65% e ventos abaixo de 8 km/h. Todos esses fatores afetam o coeficiente de dispersão e também a cobertura do alvo, que é essencial para um controle eficiente das doenças, como as anomalias da soja.

Juntamente, saber posicionar os produtos corretamente é parte essencial do programa de manejo. A chamada aplicação zero, por exemplo, realizada nos estádios V3 ou V4, tem se mostrado eficiente na diminuição do inóculo presente na área, além de proteger as folhas do baixeiro.

Já para as primeiras aplicações, é altamente recomendada a aplicação de carboxamidas, levando em consideração o número máximo de duas aplicações com esse grupo químico no ciclo da soja. Importante também considerar o intervalo entre as aplicações e a adoção de multissítio, fatores extremamente importantes para a diminuição da seleção de indivíduos resistentes e para a manutenção da eficiência das demais soluções.

Diante de tudo isso, dando a devida importância à operação de pulverização de defensivos, empregando as melhores práticas de tecnologia de aplicação, utilizando os princípios do manejo consciente e contando com as soluções mais modernas e eficientes do mercado, o produtor tem todos os insumos necessários para controlar o complexo de doenças da soja e obter bons resultados.

Inovação e alta performance em fungicidas

Esse complexo cenário de doenças na soja exige uma evolução constante de pesquisas que gerem novos conhecimentos e propiciem o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de produtos, para que atendam às necessidades do campo de maneira eficiente, prática, moderna e sustentável.

No que diz respeito a soluções inovadoras para o complexo de doenças da soja, a Syngenta conta com um portfólio completo de fungicidas que ajudam o produtor a proteger seu cultivo e sua rentabilidade.

SCORE Flexi®

SCORE Flexi® é um fungicida sistêmico, de ação curativa e conhecido por sua alta eficiência devido à combinação de propiconazol e difenoconazol, dois potentes ingredientes ativos que promovem excelente performance.

Indicado para o controle de doenças no estádio vegetativo, deve ser posicionado em aplicação zero, entre 25 e 30 DAE, sendo extremamente eficiente para diminuição do inóculo presente na área e proteção das folhas do baixeiro.

Com excelente custo-benefício, Score Flexi® é uma ferramenta essencial nos programas de manejo, proporcionando menor pressão de doenças e uma lavoura mais limpa e saudável desde o início.

ALADE®

Dando continuidade ao programa de manejo contra as doenças da soja, ALADE® combina, em sua formulação, três princípios ativos de alta eficiência: solatenol, uma carboxamida moderna que possui alta capacidade de aderência e penetração nas folhas, aliada ao ciproconazol e difenoconazol, dois triazóis altamente seletivos e eficazes, o primeiro com alta mobilidade e controle da ferrugem, e o segundo especialista no controle de manchas, antracnose e oídio. Esses ativos maximizam o controle, apresentando maior espectro de ação no controle de doenças da soja.

ALADE® confere máxima proteção devido ao efeito preventivo do solatenol e a dupla ação sistêmica com a sinergia de dois triazóis seletivos de alta performance. Deve ser posicionado até 70 DAE em no máximo duas aplicações, com intervalo de 14 dias, sempre combinado a um multissítio.

Com alta capacidade de aderência e penetração nas folhas, ALADE®  proporciona conveniência ao produtor, pois conta com a formulação Empowered Control, que eleva o patamar de controle contra ferrugem e manchas, especialmente antracnose, oídio e cercosporiose, além de também ser um grande aliado no controle das anomalias da soja, com indicação em bula para este fim.

MITRION®

Complementando o portfólio robusto da Syngenta, MITRION® apresenta uma combinação inovadora com os dois ativos mais potentes do mercado: solatenol, com seu efeito preventivo, e protioconazol, com seu efeito curativo, proporcionando um controle superior de manchas e ferrugem, com destaque para mancha-alvo, além de também auxiliar no controle das anomalias da soja.

Sua formulação moderna potencializa a fixação e a absorção do produto na planta, resultando em uma ação imediata, além de maior retenção, espalhamento e translocação. Também deve ser posicionado até 70 DAE e em no máximo duas aplicações, com intervalo de 14 dias, sempre combinado a um multissítio.

No vídeo abaixo, é possível conferir como ALADE® e MITRION® proporcionam mais potência e consistência no manejo do complexo de doenças da soja:

MIRAVIS® Pro

Outra excelente opção para as primeiras aplicações é MIRAVIS® Pro, fungicida a base de ADEPIDYN® technology, molécula inovadora e única, pertencente ao novo grupo químico (N-methoxy-pirazol-carboxamidas). 

MIRAVIS® Pro combina o efeito preventivo de ADEPIDYN® technology (inibidor de succinato deshydrogenase) com protioconazol (inibidor da biossíntese de ergosterol), sendo implacável em cenários de alta pressão de mancha-alvo e destacando-se também no controle de doenças de final de ciclo, como cercosporiose e septoriose.

Além disso, também conta, em sua formulação, com a tecnologia Empowered Control, que eleva a adesão das gotas às folhas e proporciona maior espalhamento e maior translocação.

Contando com as soluções inovadoras e potentes desenvolvidas pela Syngenta, os sojicultores estão prontos para combater o complexo de doenças e obter novos recordes de produção!

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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