A antracnose, uma das principais doenças das regiões tropicais do Brasil – com destaque para o Cerrado –, surgiu no país no final dos anos 80, causando danos nas lavouras e prejuízos para os agricultores.

A ocorrência da doença se dá, geralmente, pelo uso de sementes infectadas pelo fungo, aliada a algum desequilíbrio da planta, ambiente favorável, presença de inóculos na região e materiais genéticos mais suscetíveis à ocorrência do patógeno.

Neste conteúdo, explicaremos quais são os sintomas e danos causados pela antracnose na soja, além de como identificar e realizar o controle dessa doença.

O que é a antracnose na soja

A antracnose (Colletotrichum truncatum) já foi considerada a segunda doença mais importante da cultura em safras passadas. Silenciosa, ela pode atacar diretamente os órgãos reprodutivos da planta, sendo capaz de causar estragos na soja sem que o produtor perceba, impactando diretamente no rendimento dos grãos e na qualidade da semente.

Apesar de afetar a cultura em qualquer fase de desenvolvimento, a doença é mais frequente no período de floração e no enchimento de grãos. Em anos chuvosos, pode levar à perda total da produção. No entanto, entre os danos de maior frequência, está a redução do número de vagens.

Os danos causados pela antracnose

Como resultado de seu ataque, ocorre a queda das flores e das vagens ou, em alguns casos, o surgimento de vagens sem grãos. A antracnose também causa:

  • morte de plântulas;
  • manchas de coloração escura nas folhas, hastes e vagens;
  • deterioração das sementes;
  • vagens infectadas e retorcidas.

Apesar de atacar vários órgãos, o apodrecimento e a redução do número de vagens em qualquer fase têm sido o grande problema, por afetar diretamente a produtividade da lavoura. Se não for controlada de maneira adequada, a doença pode causar prejuízos de até 20%.

Regiões de maior ocorrência

As condições favoráveis para a antracnose na soja variam entre temperatura moderada à alta e alta umidade. No Brasil, ela é mais comum no Cerrado, devido às condições climáticas de temperatura e umidade elevadas no período de primavera/verão.

No Mato Grosso, por exemplo, a maior ocorrência tem sido vista bem ao norte do Estado, especialmente em regiões de mata e de menores altitudes, que tendem a ser mais chuvosas e quentes. Vale lembrar que plantios muito adensados também favorecem o desenvolvimento do fungo, pois podem propiciar alta umidade nas plantas.

A doença também se aproveita de plantas com sistema radicular debilitado, causado por compactação/encharcamento, e de plantas com deficiências nutricionais, principalmente de potássio. Sementes oriundas de lavouras que sofreram atraso de colheita por causa de chuvas também podem apresentar índices mais elevados de infecção.

Antracnose na soja: quadro sintomatológico

Entre os principais sintomas da antracnose na soja, estão o surgimento de manchas castanho-escuras e negras em folhas, pecíolos, hastes e vagens, em qualquer fase de desenvolvimento da lavoura.

O diagnóstico requer atenção, pois os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, como mancha-alvo (Corynespora cassiicola) e crestamento foliar de Cercospora (Cercospora kikuchii).

O controle da antracnose na soja

Ao atacarem uma lavoura causando doenças, os fungos reduzem significativamente a produtividade. Em infestações mais intensas, eles podem acabar com toda a área plantada, trazendo inúmeros prejuízos ao agricultor. Tendo em vista o impacto negativo que essas doenças podem desencadear sobre a produtividade e a qualidade da soja, é essencial estabelecer o manejo adequado.

Entre as formas de proteção da cultura de soja ou de qualquer outra está a realização do manejo integrado de ações que minimizem o impacto causado pela doença, dentre elas:

  • tratamento de sementes com fungicidas eficientes;
  • correção/melhoria química, física e biológica do solo;
  • escolha de cultivares mais resistentes;
  • redução na população de plantas de forma que a planta fique mais aberta, ventilada e consiga responder mais aos tratamentos fúngicos;
  • aplicação de fungicidas na fase inicial, antes da fase reprodutiva.

Como a forma mais comum de introdução e disseminação da doença acontece com a semeadura de sementes infectadas, o tratamento de sementes está entre as principais ações de controle indicadas para o controle da doença.

O fungo também é capaz de sobreviver em restos de culturas. Logo, uma importante técnica de controle é a utilização de rotação de culturas, que consiste no plantio alternado de diferentes espécies (sendo uma delas não hospedeira do patógeno), na mesma área de cultivo e na mesma época do ano.

Controle químico

Como parte do manejo integrado da doença, pode ser necessário o uso de fungicidas. Por ser um patógeno necrotrófico (que sobrevive em restos culturais), o fungo pode estar presente no ambiente desde o início da lavoura. Sendo assim, recomenda-se que as aplicações de defensivos sejam iniciadas ainda no estádio vegetativo, em torno de 30 dias, para um melhor controle.

A importância do uso de fungicidas no controle do complexo de doenças na soja

O desenvolvimento adequado da cultura de soja e, consequentemente, os bons resultados na hora da colheita são influenciados pelo investimento em produtos efetivos, pelo monitoramento da lavoura e pela realização do manejo consciente ao longo de todos os ciclos.

Por isso, é fundamental investir em ferramentas que previnem e combatem de forma assertiva as plantas de soja contra esses patógenos. A Syngenta conta com fungicidas que trazem um novo patamar de controle e produtividade para a cultura.

A melhor forma de iniciar o manejo de doenças da soja é logo no início, com aplicações preventivas com Score Flexi ainda no estádio vegetativo, em torno de, aproximadamente, 30-35 dias após emergência. Score Flexi combina dois triazóis altamente eficazes contra o espectro de doenças da soja, garantindo a construção da sanidade das plantas desde o início do desenvolvimento da lavoura, entregando plantas mais sadias e um ambiente de menor pressão de inóculo para as aplicações seguintes.

Na sequência, preparando a lavoura para chegada do estádio reprodutivo, temos o fungicida sistêmico Elatus, que atua de modo preventivo e com alta seletividade. A solução possui dois modos de ação (carboxamida e estrobilurina) em sua composição e, com isso, fortalecendo a prevenção necessária para a lavoura. Ele deve ser aplicado aproximadamente entre os 45 dias após a emergência e o início do estádio reprodutivo (depois que surgem as flores), antes do fechamento das entrelinhas.

A eficácia do produto pode ser potencializada com a associação de outros fungicidas, como Cypress e Bravonil – fungicidas altamente efetivos contra o complexo de doenças da soja e que adicionam espectro controle para Cercopospora.

Sinônimo de versatilidade e flexibilidade, a multipotência de Cypress é uma forte aliada no combate às doenças da soja, resultado da combinação de dois triazóis que agem de forma assertiva no controle do complexo.

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