O milho é considerado, nos últimos anos, uma das principais culturas do agronegócio brasileiro, atingindo bons índices de produtividade nas safras mais recentes, além de registrar altos volumes nas exportações.

Muito desse resultado se refere à expansão do milho safrinha, ou milho segunda safra, pelas regiões produtoras do Brasil que, dentro do sistema de rotação de culturas soja-milho, alcança patamares cada vez mais elevados dentro do cenário econômico. De acordo com estimativa divulgada pela Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), está prevista uma produção de 116,3 milhões de toneladas para o milho na safra 21/22.

No entanto, um dos grandes desafios dos produtores é o controle de pragas, uma vez que diversas espécies podem causar sérios prejuízos em produtividade durante todo o desenvolvimento do ciclo do milho. Para evitar isso, é recomendável que o Manejo Integrado de Pragas (MIP) seja colocado em prática desde os estádios iniciais da lavoura.

Saiba porquê o MIP é tão importante para o processo produtivo.

Qual a importância do Manejo Integrado de Pragas?

A grande ocorrência e proliferação de pragas no milho nos últimos anos preocupa produtores em todo o país. Isso ocorre principalmente porque espécies como as lagartas, os percevejos e a cigarrinha-do-milho podem aumentar consideravelmente os custos de produção, impactando diretamente na rentabilidade da safra.

Na agricultura, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma estratégia fundamental no controle de pragas durante o desenvolvimento da cultura, de forma a prevenir que esses ataques provoquem grandes danos econômicos.

Assim, o MIP é um conceito amplo que envolve a correlação da tecnologia e do conhecimento em diversas áreas no processo produtivo, promovendo uma estrutura assertiva para as tomadas de decisão sobre os métodos de controle de pragas.

Esse manejo pode ser definido como um sistema de táticas de controle que agem isoladamente ou integradas, sendo selecionadas e aplicadas de maneira harmoniosa.

A escolha dessas estratégias se baseia em análises que levam em consideração os impactos aos produtores, à sociedade e ao ambiente dentro de preceitos ecológicos, econômicos e sociais específicos para cada contexto produtivo.

Quais práticas integram o Manejo Integrado de Pragas?

Combinar diversas práticas é fundamental nesse processo que visa manter as pragas abaixo do Nível de Dano Econômico (NDE), ou seja, a menor densidade populacional da praga que causa prejuízos em rentabilidade.

Nesse sentido, medidas devem ser aplicadas quando essa densidade atinge o Nível de Controle (NC) – a menor densidade populacional da praga que justifica a adoção de métodos de controle para impedir que o NDE seja alcançado.

O MIP é alicerçado em algumas práticas que contribuem para a melhor tomada de decisão no campo, tais como:

  • Avaliação das condições do ambiente: é necessário conhecer os fatores climáticos que afetam a dinâmica populacional das pragas, bem como de seus inimigos naturais. Também é importante a observação dos estádios da cultura e das condições nutricionais das plantas.

  • Nível de controle: conhecer qual o nível de controle é importante para cada espécie, pois isso auxilia na decisão da melhor tática de controle antes que os danos econômicos ocorram.

  • Taxonomia: identificar corretamente as pragas e saber de seus hábitos, hospedeiros e biologia é fundamental para avaliar a melhor estratégia para o controle.

  • Monitoramento: prática essencial que deve ser realizada de maneira constante, para que a evolução das pragas possa ser acompanhada, servindo como base para a definição do melhor momento para a adoção de métodos de controle.

A partir do conhecimento sobre as pragas e sua interação com o ambiente e a cultura, é possível determinar o melhor momento e as melhores técnicas e ferramentas para a obtenção de um manejo consciente.

No próximo artigo, acompanhe quais são essas ferramentas e como integrá-las de forma efetiva, para que a lavoura fique livre das pragas e alcance seu máximo potencial produtivo.

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Redação Mais Agro