A colheita da safra 2022 de café está em fase final nas principais regiões produtoras. O clima seco no período de colheita favoreceu a operação, proporcionando agilidade no processo e, como benefício extra, melhor secagem dos grãos, o que resulta em maior qualidade. As lavouras logo entrarão em mais uma florada do café, renovando a cultura para o próximo ciclo produtivo.

A totalidade de café produzido nesta safra está estimada em 53,4 milhões de sacas, uma produção aquém do ideal para um ano de bienalidade positiva. A colheita de café em 2022 demonstra uma queda de 15,3% na produção, em comparação com 2020, a última safra de florada intensa.

De fato, cafeicultores de diversas regiões produtoras viram sua produtividade ser colocada em risco pelas adversidades climáticas que acometeram as lavouras em 2021 e no início deste ano. Geadas na região Sul, baixa precipitação no Sudeste e no Centro-Oeste e alta precipitação no Nordeste são alguns dos efeitos das mudanças climáticas que prejudicaram a florada e o desenvolvimento do café.

Para a próxima safra, espera-se chuvas no período ideal, além de que a ausência de geadas já é um fator positivo para as lavouras de café, tanto para assegurar quantidade quanto qualidade dos grãos que serão colhidos em 2023. O próximo ciclo terá uma florada do café menos intensa, como característica natural da planta, o que significa menor quantidade de frutos, entretanto, espera-se também uma florada mais uniforme, devido ao longo período de seca enfrentado. Ao iniciar as primeiras chuvas, a tendência é que a florada abra de uma só vez.

A estiagem prolongada também deixa a planta mais sensível, por conta da condição de estresse hídrico, e o processo de colheita acaba danificando ainda mais as plantas, favorecendo a entrada de patógenos por esses ferimentos.

Assim, o produtor deve aproveitar a diminuição dos riscos climáticos prevista e as inovações de produtos de manejo que chegam ao mercado, para criar estratégias de controle de doenças do café no período da florada que possam potencializar a produtividade.

Importância do controle de doenças na florada do café

Florada do café

Flores do café em planta sadia. Fonte: Mais Agro, 2019.

Com a chegada da primavera, os cafezais entram em fase de floração, em um período de clima mais úmido, propenso para o aumento populacional de fungos nocivos à cultura. Chuvas no tempo certo para a estação permitem que a florada do café aconteça no período esperado.

Com isso, é possível realizar um planejamento de manejo mais assertivo, com aplicações de fungicidas em pré e pós-florada sem problemas para a circulação de máquinas na lavoura ou riscos de perda do produto por conta de precipitações logo após a pulverização.

Proteger as plantas no período da florada do café é essencial para o enchimento de grãos e para a obtenção de frutos de qualidade. Uma lavoura que entra em fase reprodutiva infectada por doenças, sem dúvidas, tem altas taxas de queda de frutos ou de grãos com baixa qualidade, tornando-os impróprios para comercialização. Vale ressaltar que a aplicação na pós-florada auxilia na proteção dos chumbinhos e ramos que não foram afetados pela doença durante a floração.

Quando doenças atacam durante a fase inicial de frutificação, os chumbinhos podem ser dominados pelo fungo, tornando-se de coloração escura, ficando secos e inviáveis para formação do fruto e depreciando a produção.

Assim, o manejo preventivo de doenças de difícil controle, como a mancha-de-phoma, torna-se indispensável para o bom rendimento do cafeicultor, que pode obter altas produtividades mesmo em período de bienalidade negativa.

As pulverizações para manejo de doenças do café mais incidentes no período de florada têm dois momentos considerados ideais:

  • Aplicação em pré-florada: a partir de um monitoramento atento, é possível definir a necessidade dessa primeira aplicação, no entanto, muitos produtores optam pela pulverização preventiva, realizada quando as plantas ainda estão em fase de botões.

  • Aplicação em pós-florada: feita cerca de 30 dias após a primeira aplicação, essa estratégia visa um controle de doenças que dura, em média, 70 dias, de maneira que a formação de frutos não seja comprometida.

Dessa forma, o produtor protege a qualidade dos grãos e a produtividade das lavouras. No entanto, é importante que o manejo de doenças inclua na tecnologia de aplicação soluções com formulações inovadoras, para que patógenos severos sejam controlados com eficiência, e o investimento demandado nas operações retorne para o bolso do cafeicultor, que ofertará ao mercado sacas em quantidade e de qualidade superior.

A mancha-de-phoma é uma doença que gera grande ameaça aos cafezais, por ser difícil de controlar e por comprometer o desenvolvimento de maneira irreversível.

Mancha-de-phoma: uma grande inimiga da cafeicultura

Causada pelos fungos do gênero Phoma spp., a mancha-de-phoma ataca flores e frutos, podendo também se espalhar pelas folhas e ramos, o que reforça a necessidade de manejo preventivo efetivo durante a florada do café. O patógeno é disseminado pela água de chuvas ou de irrigação, de maneira que é difícil prever quando a doença irá se manifestar nas lavouras, por isso, a importância do manejo preventivo.

Os efeitos negativos da mancha-de-phoma nos cafezais se alastram muito rapidamente e podem gerar perdas superiores a 40% da produção. A partir de uma análise visual, é possível perceber a presença do fungo antes de os danos serem irreversíveis, pela aparição de lesões profundas e escuras por toda a planta e também pela presença de manchas escuras e necróticas nas folhas, que podem desenvolver um formato mais curvado.

Os principais danos que a mancha-de-phoma causa nos cafezais são:

  • seca dos ramos;

  • desfolha dos ponteiros;

  • morte dos botões florais;

  • comprometimento das brotações novas;

  • mumificação e queda prematura dos frutos;

  • diminuição do pegamento da florada;

  • suscetibilidade à entrada de outras doenças.

Café com mancha-de-phoma

Plantas de café com sintomas de mancha-de-phoma.

Os danos causados pela doença comprometem não apenas a lavoura em floração, mas também os ciclos seguintes. Por ser o café uma cultura perene, quando a mancha-de-phoma se alastra das folhas para os ramos, prejudica a estrutura da planta como um todo, afetando o potencial produtivo da lavoura nas safras seguintes. Assim, é considerada uma doença de difícil controle, afinal, uma vez que se manifesta de forma generalizada, coloca toda a área do plantio em risco.

Uma boa notícia é que o cafeicultor hoje já tem acesso a soluções fungicidas poderosas, que elevam a eficiência de controle da mancha-de-phoma de maneira preventiva, na florada do café.

Uma nova dimensão para o manejo da mancha-de-phoma

O cafeicultor, há tempos, busca inovação no manejo da mancha-de-phoma, e a Syngenta, uma empresa com foco em pesquisa e inovação, desenvolveu uma nova solução que vai proteger a florada do café com um nível de eficiência nunca antes visto.

A nova dimensão Miravis® é o lançamento de fungicidas que veio para revolucionar o controle de doenças. Esses produtos chegam no mercado para resolver o problema de doenças em mais de 30 cultivos.

Pensando na necessidade específica do cafeicultor, a Syngenta apresenta Miravis® Duo, que controla com muita eficiência as doenças mais difíceis, entregando superioridade de controle contra mancha-de-phoma, com posicionamento em pré e pós-florada.

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Miravis® Duo: fungicida com tecnologia de formulação inédita

Miravis® Duo é o resultado de anos de pesquisas e vem sendo testado há mais de três safras, em diversas regiões produtoras do país e em diferentes cultivos. Foi assim que se criou a formulação à base de Adepidyn™, um ativo inédito no mercado.

Essa molécula simplesmente poderosa que compõe a dimensão Miravis® é de um novo grupo químico fungicida. Adepidyn™ é a exclusiva molécula três em um, com partes distintas que proporcionam ainda mais poder de controle.

Seu radical N-Metoxy confere um amplo espectro de ação, além disso, esse novo ativo simplesmente poderoso ainda possui alta atividade intrínseca de controle, com rápida absorção e lenta liberação. A formulação de Miravis® Duo se completa com difenoconazole, um triazol sistêmico especialista em manchas, que agrega ainda mais poder ao controle da mancha-de-phoma.

A rápida absorção foliar que essa tecnologia proporciona evita riscos de perdas por conta de chuvas inesperadas, além de que a formulação com dois ativos de modos de ação diferentes auxilia no manejo de fungos difíceis de controlar, tal como os responsáveis pela mancha-de-phoma nos cafezais.

Mais que isso, Adepidyn™ tem efeitos poderosos na redução da severidade das doenças, proporcionando o nível de controle necessário para um cafezal produtivo, com folhas sadias e aumento do vigor das plantas.

Nas palavras de Edson Pozza, professor em Epidemiologia e Manejo de Doenças de Plantas pela UFLA (Universidade Federal de Lavras), Miravis® Duo demonstrou um “alto desempenho quando comparado aos seus concorrentes de mercado”.

No vídeo a seguir, Pozza fala um pouco sobre sua experiência com Miravis® Duo em cultivos de café:

 

Depoimento sobre o novo fungicida para café, Miravis Duo. Fonte: Portal Syngenta.

A próxima safra é de bienalidade negativa, e o clima não favoreceu os cafeicultores nos últimos ciclos, no entanto, com tecnologia, inovação e informação, é possível tomar as decisões certas para proteger a florada do café e alcançar resultados superiores na safra 2023.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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