A soja é a principal cultura do Brasil e a que mais tem representatividade econômica no agronegócio, principalmente nas exportações.

A falta de chuvas e a incidência pluviométrica pontual em algumas regiões produtivas no mês de outubro atrasou o plantio da safra 20/21. A situação já foi normalizada, no entanto, esse ajuste no calendário de semeaduras alterou o início da fase reprodutiva da cultura, que deve ter início em meados de dezembro.

Um dos problemas mais preocupantes neste período é o alto risco de infestação de lagartas, que podem gerar grandes prejuízos na produtividade. Nas últimas semanas, o aparecimento da  lagarta Helicoverpa armigera nas lavouras de soja do Mato Grosso, estado com maior área plantada da cultura no país, ligou o alerta do setor agrícola devido aos transtornos que essa praga já trouxe e traz para o campo.

Na safra passada, as lavouras de soja do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás também sofreram com infestações da praga que apareceram logo no início da cultura.

Na cultura da soja, a helicoverpa está entre as pragas mais temidas. Nos anos de 2013 e 2014, causou prejuízos bilionários no campo e o seu difícil controle fez com que muitos sojicultores do Centro-Oeste perdessem toda a lavoura ou boa parte dela por conta dos danos causados por essa espécie.

A lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) era considerada uma praga secundária na década de 90, porém, nas últimas safras, tornou-se um sério problema nas lavouras de soja devido à sua alta infestação em todas as regiões produtivas, ocasionadas pelas alterações climáticas e mudanças no manejo da cultura.

Por isso que, para esse novo ciclo, os cuidados com o monitoramento dessa e outras espécies de lagartas e a tomada de decisão serão essenciais para o manejo assertivo no controle das pragas.

Você sabe identificar as lagartas de difícil controle na soja?

Um dos problemas mais comuns e preocupantes na lavoura é a infestação das lagartas de difícil controle, pois essas pragas podem atacar em todos os estádios de desenvolvimento da soja, comprometendo a qualidade dos grãos e a rentabilidade da safra corrente.

O monitoramento frequente na lavoura de soja é a maneira mais eficiente para verificar o quanto o nível populacional dessas invasoras cresce na cultura e, assim, definir o momento ideal para a aplicação do inseticida, uma das ferramentas que fazem parte do MIP (Manejo Integrado de Pragas).

Dentre as espécies que podem trazer grandes prejuízos ao produtor destacam-se duas, consideradas de difícil controle. Veja suas principais características e como identificá-las no campo: 

1. Lagarta Helicoverpa armigera

Com hábitos subterrâneos, é considerada uma das principais ameaças a ser combatida na lavoura. Em 2013, ela aterrorizou as regiões produtoras do Cerrado e provocou prejuízos estimados em R$ 2 bilhões, com quebra da safra.

Por ser uma espécie polífaga, ou seja, que se alimenta de diversos tipos de cultura, se desenvolve com facilidade em todas as condições climáticas, o que a torna uma praga de difícil controle. 

Entre as características dessa espécie para identificação na lavoura estão:

  • os ovos são depositados pela fêmea na parte inferior do tecido foliar e tem a aparência amarelada, ficando escuros conforme chega o momento da eclosão (cerca de 5 dias);
  • as larvas passam por seis períodos de desenvolvimento até chegarem à fase adulta e tornarem-se mariposas. É a partir do 3° ínstar que os ataques são mais severos à estrutura reprodutiva da soja;
  • alimentam-se das fontes nutritivas existentes nas vagens e flores, comprometendo o crescimento saudável da planta.

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2. Lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens)

Conhecida por ser uma lagarta desfolhadora, desde o ano 2000 é alvo de atenção pelos produtores, pois já causou danos expressivos nas lavouras, sendo uma das espécies a serem controladas no manejo de pragas.

A característica principal dessa lagarta é a maneira como se desloca, se encolhendo e esticando, parecendo que está medindo palmo. O clima seco e quente favorece o seu crescimento populacional e sua identificação na lavoura torna-se difícil porque apresenta a coloração esverdeada e fica sempre no baixeiro das plantas. Veja as características dessa espécie:

  • a fêmea põe, em média, até 700 ovos de cor amarelada na parte inferior das folhas;
  • a fase larval dura cerca de 20 dias, período em que mais causa dano à planta. Ao se alimentar de todo o limbo, vão raspando as folhas deixando apenas as nervuras, que ficam com aspecto de renda;
  • em um dia, a lagarta pode consumir até 100 cm² de folha.

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Junto ao MIP (Manejo Integrado de Pragas), o manejo antiressistência se faz importante para a sanidade da lavoura, pois as pragas têm a tendência de se mostrarem resistentes com o passar das safras e uma mesma solução se mostra eficiente quando, de uma só vez, controla ninfas e adultos em qualquer estádio de desenvolvimento.

Proclaim: implacável contra as lagartas

Quando o produtor realiza o monitoramento contínuo, proporciona o controle das pragas no momento certo, com a proteção de forma adequada e sem a necessidade de mais aplicações além do que é preciso para a lavoura se manter saudável e em pleno desenvolvimento.

Quando a densidade populacional das lagartas atingir um nível alto e que ameace a produtividade e a rentabilidade da safra, a ferramenta ideal para controlá-las é a aplicação de Proclaim, da Syngenta, que oferece rápida ação de choque e residual.

Sistêmico, o inseticida transloca-se com a seiva para todas as partes da planta, através do sistema vascular (xilema), e entra em contato com o corpo dos insetos ou é consumido por eles, atingindo seu sistema nervoso e causando sua morte.

Por conta da sua distribuição nos tecidos da planta, confere proteção em áreas que não tiveram deposição de gotas do produto na pulverização e em pontos de crescimento, controlando com mais precisão as pragas que se instalam em diferentes partes da planta.

O efeito de Proclaim acontece logo nas primeiras horas e paralisa as lagartas através do bloqueio da alimentação, pois o exclusivo modo de ação conhecido como “ativador dos canais de cloro”, que são comuns nos músculos e nas células nervosas dos insetos, levam à paralisia flácida da praga.

Além disso, Proclaim conta com três grandes diferenciais na hora de controlar as lagartas:

  1. é altamente seletivo contra os inimigos naturais: não prejudica os inimigos naturais da lavoura, que são benéficos para o campo e não comprometem o desenvolvimento saudável das plantas;
  2. possui ação ovi-larvicida: controla as lagartas antes, durante e após a eclosão do ovo;
  3. tem ação translaminar: a solução é eficaz nos dois lados da folha, independente de onde a lagarta esteja.

 

Veja mais:

Boa safra da soja depende do controle de lagartas no pré-plantio

Combate às lagartas de difícil controle já é realidade

 

Superioridade no manejo antirresistência

A resistência dos insetos é um assunto comum no agronegócio e diz respeito à tolerância das pragas a doses tóxicas que seriam letais para uma população da mesma espécie.

Proclaim é assertivo no manejo antirresistência, pois sua ação sob as pragas propaga por um período maior e seleciona os indivíduos resistentes com mais precisão devido ao benzoato de emamectina que compõe a formulação.

Veja quatro curiosidades do porquê desse ingrediente ativo ser tão eficaz no controle das lagartas da soja:

  1. é implacável contra as espécies polífagas, que se alimentam de diversas culturas;
  2. rápida ação com a paralisia da alimentação das lagartas;
  3. com o bloqueio da alimentação, o controle é alcançado em poucos dias;
  4. uma aplicação é suficiente, junto a outras práticas do MIP, para que o ataque das lagartas de difícil controle sejam cessados.

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O benzoato de emamectina nos canais ativadores de cloro

Pertencente ao grupo químico das avermectinas e classificado pela Insecticide Resistance Action Committee (IRAC, 2017) no modo de ação 6 (MoA 6), o benzoato de emamectina é um agonista de GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor com efeito inibitório no sistema nervoso central e junções neuromusculares das lagartas.

Como o GABA estimula a abertura dos canais de cloro, o benzoato acaba fazendo essa função, induzindo o fluxo de cloro para dentro da célula, resultando na ruptura dos impulsos nervosos e na perda da função celular, sendo assim, a lagarta tem o bloqueio da sua alimentação cessado em poucas horas.

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O momento do fechamento da cultura é o posicionamento indicado para a aplicação de Proclaim por conta da possível infestação de lagartas que acontece neste momento na cultura.

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Estar conectado com o produtor dentro e fora do campo é fundamental para que as tecnologias de aplicação sejam cada vez mais eficientes na solução dos problemas enfrentados na lavoura, contribuindo com a produtividade e elevando a agricultura brasileira a patamares cada vez mais altos.

A Syngenta conta com um portfólio completo de produtos à disposição do agricultor para auxiliar, com eficiência, no manejo adequado e assertivo, em todas as fases de desenvolvimento da cultura.