Nas últimas décadas, a agricultura brasileira vem se modernizando cada dia mais. Houve investimentos em todos os elos da cadeia, desde melhoramento genético das plantas até máquinas agrícolas com tecnologia de ponta. O próximo grande avanço já está no campo: a utilização de drones.

Segundo o estudo do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), o setor agropecuário brasileiro tem 1,5 mil drones operando nas lavouras. Ao todo, são 80 mil equipamentos cadastrados na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

São definidos pela legislação brasileira como VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), ou seja, aeronaves comandadas remotamente sem a presença de um piloto embarcado, que por meio de sensores infravermelhos, por exemplo, conseguem monitorar cada uma das plantas com precisão dentro de uma extensa área.

Os drones têm sido uma ferramenta promissora, sendo utilizada de diversas maneiras na agricultura, incluindo a pulverização de defensivos no campo. Esse procedimento demanda os mesmos cuidados da pulverização terrestre, por exemplo, com a necessidade de avaliação do estádio fenológico da cultura, do monitoramento da lavoura, da escolha correta do produto, além de todas as questões envolvidas com a tecnologia de aplicação.

O drone pulverizador realiza o mapeamento da área, utilizando um sistema que mescla laser e ultrassom. Assim, é possível identificar diversas situações dentro da lavoura, orientando a aplicação de defensivos, que é feita com maior precisão, economia e facilidade. Isso demonstra como esse equipamento é versátil ao realizar diversas tarefas, permitindo que o produtor tenha mais assertividade no momento de tomada de decisão, por exemplo.

A visibilidade macro dentro da lavoura

Acompanhar o desenvolvimento das plantas dentro do campo é fundamental para o crescimento da produtividade e da rentabilidade do produtor. Esse é um dos principais motivos que o levam a buscar a versatilidade e tecnologia dos drones.

Ao utilizar um drone para pulverização, o produtor rural consegue chegar em áreas de difícil acesso nos talhões, com o georreferenciamento exato. Isso faz com que a aplicação de defensivos seja feita no local, no momento e com a dose correta de produtos, gerando economia no uso de produtos fitossanitários.

Além da pulverização contra pragas e doenças, pode ser utilizado no controle de plantas daninhas, em locais de difícil acesso e com a cultura principal já estabelecida, sem contar a facilidade de aplicação em áreas como margens de estradas, beiras de cercas, barrancos, entre outras.

Confira outras vantagens de utilizar o drone no campo.

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Contudo, antes de investir em um equipamento como esse, é importante você saber que, para utilizá-lo, é necessário ter autorização e registro. Saiba mais a seguir.

Uso de drones em atividades agrícolas é regulamentado

Em setembro de 2021, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) publicou no Diário Oficial da União a nova Portaria nº 298, que estabelece regras para a operação de drones em atividades agrícolas. A regulamentação tem como finalidade padronizar os procedimentos e as exigências legais para o uso da tecnologia na aplicação de defensivos, corretivos, fertilizantes, entre outros.

Além de realizar o registro no MAPA por meio do Sipeagro (Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários), os interessados em operar drones na propriedade rural precisarão de um profissional qualificado com curso específico — designado como aplicador aeroagrícola remoto. Em alguns casos, será necessário também o gerenciamento de um engenheiro agrônomo ou florestal para coordenar as atividades.

As aeronaves já deverão estar devidamente regularizadas junto à ANAC. Isso traz mais segurança para a equipe de trabalho, além de prevenir problemas ambientais em áreas sensíveis. Por isso, antes de fazer o investimento, verifique se as autorizações e regulamentações estão dentro do que a legislação brasileira permite.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro