O Mato Grosso do Sul registrou um recorde na produção de soja, referente à safra 20/21, com 13,3 milhões de toneladas colhidas. De acordo com o boletim divulgado pelo Sistema Famasul, o número foi 17,8% maior do que a safra anterior – e a produtividade também foi positiva, com média de 62,8 sacas por hectare.

É válido destacar que os agricultores enfrentaram adversidades no período de plantio (setembro de 2020), marcado pela estiagem que atrasou em quase um mês o início da semeadura. Na fase de colheita, o excesso de chuva chegou a atrapalhar o processo, mas, ainda assim, os resultados foram acima do esperado pelo setor produtivo.

Para superar o recorde atual na próxima safra, ainda que o volume de produção não tenha sido estimado, os produtores deverão se preocupar com o planejamento inicial para manter a área destinada ao plantio e contar com o apoio dos produtos e das tecnologias utilizadas no campo.

Essa crescente no desenvolvimento produtivo registrado nas lavouras de soja no Mato Grosso do Sul se deve ao melhor aproveitamento de espaço, com um aumento médio de 6% a cada safra, em pastagens e em áreas degradadas, para as quais foram adotadas tecnologias agrícolas para a recuperação do solo.

Projeções e expectativas

Segundo levantamento realizado na última semana de agosto, a comercialização da safra de soja 2020/21 no MS chegou a 85,89% com o preço da oleaginosa em 1,71% acima do preço médio do início do mesmo mês. A informação divulgada no Boletim Rural do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) ressalta que o comportamento dos preços reflete a valorização da soja no mercado externo, a alta demanda e a desvalorização do real frente ao dólar.

Contudo, a comparação entre o preço praticado em agosto deste ano e o mesmo período do ano passado aponta para um avanço nominal de 23,33% de acordo com os indicadores CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa publicados no mesmo boletim.

De acordo com o último levantamento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), no âmbito nacional , a produção de soja cresceu 8,9% entre as safras de 2019/2020 e de 2020/2021. Para 2022, esperam-se resultados positivos devido a alguns fatores que colaboram, como preços internacionais elevados em 2021, o câmbio atrativo, e o aumento nas exportações, configuram boa rentabilidade para 2022.

Com o aumento da demanda chinesa e câmbio elevado em 2022, a Conab aposta em exportações de 87,58 milhões de toneladas. Assim, as demandas chinesa e brasileira aquecidas, o câmbio atrativo e a frustração da próxima safra norte-americana devem ser favoráveis ao país, mantendo-o como o maior produtor mundial de soja, seguido pelos Estados Unidos e Argentina.

E falando em soja, vem aí a segunda temporada do evento “De Produtor para Produtor”, que acontecerá dia 30 de setembro às 19h, no canal do YouTube da Syngenta.

O evento tem como principal objetivo contribuir para que o sojicultor extraia o máximo das próximas safras e, para isso, propõe conversas online, mostra tendências climáticas e dados importantes sobre o mercado.

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