A lagarta é uma das pragas que mais preocupam os produtores nas fases vegetativa e reprodutiva da soja e, entre essas ameaças, está a temida Helicoverpa armigera, que foi catalogada pela primeira vez no Brasil em 2013, causando muitos estragos nas lavouras. Essa espécie é conhecida pelo poder de destruição não apenas nas plantações de soja, mas também de milho, algodão, feijão e outras culturas.

A praga já havia sido registrada na Europa, Ásia, África e Oceania. Nas Américas, o surgimento ocorreu justamente no Brasil, com detecções em lavouras de Goiás, Bahia e Mato Grosso.

Helicoverpa: Prejuízo nas lavouras

Por conta da sua capacidade de se instalar em diversos tipos de lavoura, a helicoverpa chegou rapidamente aos campos de soja. A suspeita é de que ela tenha se alastrado a partir de plantações de algodão no oeste baiano, mas como era facilmente confundida com outras espécies, até que fosse identificada, as lavouras brasileiras amargaram prejuízos que atingiram quase R$ 2 bilhões na época.

Com essa fácil adaptação às lavouras, essa lagarta, capaz de causar perda na produtividade acima dos 50%, passou rapidamente a ser considerada a principal ameaça da agricultura brasileira.

Alguns estados conseguiram a liberação emergencial para utilizar o benzoato de emamectina, produto até então de uso proibido no Brasil.

Mas foi no ano de 2017 que foi lançado oficialmente o primeiro inseticida do mercado brasileiro eficaz no controle dessa lagarta.

Características da Helicoverpa

A Helicoverpa armigera tem um potencial de reprodução elevado, já que uma mariposa pode colocar, ao longo da vida, cerca de mil ovos. A duração do ciclo de existência varia de 30 a 60 dias, permitindo que mais de uma geração se complete durante a mesma safra de soja.

Na fase larval, a helicoverpa é implacável na lavoura, atacando flores, vagens e até folhas. Não é incomum que a presença da praga ocorra desde a emergência até a fase reprodutiva da soja.

O período da larva pode durar de 2 a 3 semanas, composto de 5 a 6 instares. Em seu último estádio, a lagarta possui de 30 a 40 milímetros de comprimento, com uma coloração variando do verde ao amarelo claro, marrom avermelhado ou preto.

Na fase adulta, seu poder de locomoção é elevado, podendo migrar a uma distância de até mil quilômetros. O hábito alimentar, a alta capacidade de dispersão e adaptação em diferentes cultivos favorecem a proliferação da praga. Por isso a necessidade de identificação rápida e eficiente.

Como identificar a Helicoverpa na sua lavoura?

Para um agricultor com pouca experiência, a Helicoverpa armigera pode ser confundida facilmente com outras espécies. Na aparência, ela se assemelha à lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) ou com a lagarta-da-espiga-do-milho (Helicoverpa zea). No entanto, um olho bem treinado pode encontrar a diferença.

Com uma lupa, veja o 4º segmento da lagarta e repare nas estruturas escurecidas no pelo, no formato de sela. Essa característica aparece a partir do quarto instar do estádio larval.

O segundo ponto de observação é a pelagem, já que a Helicoverpa armigera possui grande quantidade de pelos brancos. Por fim, ao tocar a lagarta, percebe-se o aspecto coriáceo, mais endurecido quando se passa o dedo sobre o inseto.

Outro fator diferenciador é o comportamental. Quando perturbada, essa lagarta encurva a cápsula cefálica até o primeiro par de falsas pernas, permanecendo assim por algum tempo.

A mariposa tem sobre a margem das asas anteriores uma linha de manchas e, logo acima, uma faixa marrom irregular. Na parte central, é possível ver ainda uma marca em forma de vírgula.

As asas posteriores são mais claras no centro. Os machos possuem o primeiro par de asas em cinza esverdeado e as fêmeas puxam para o pardo alaranjado.

Syngenta destaca a importância do manejo de lagartas

Após o surgimento da helicoverpa no Brasil, em 2013, a Syngenta apresentou aos produtores o Manejo Estratégico de Pragas (MEP), um protocolo inédito no mercado para o controle antecipado de infestações de lagartas.

O manejo possibilita, além da identificação da praga, a percepção da intensidade do ataque, fundamental para o controle mais apropriado.

A amostragem é feita com o pano de batida. No estádio vegetativo, se o agricultor encontrar quatro lagartas da espécie helicoverpa por metro de soja, é hora de agir. Outro ponto de observação é a desfolha, que não deve chegar a 30% na fase vegetativa e 15% na reprodutiva.

Como a demora de uma ação mais eficaz pode significar uma perda significativa na produtividade da lavoura, é fundamental realizar amostragens durante todo o ciclo da cultura, avaliar a população e os danos causados pelas pragas, realizando o controle quando elas atingirem os níveis de ação (NA).

A Syngenta, ciente de seu papel junto ao produtor rural, desenvolveu o  inseticida Proclaim® para o combate de lagartas de difícil controle, como a helicoverpa.

Estudos mostram a eficiência desse inseticida já nas primeiras horas, com a paralisação dos insetos, e efeito residual prolongado, agindo por mais tempo. Outro fator relevante é que o produto age somente sobre a lagarta, preservando os inimigos naturais.

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