Presente quase sempre nas refeições brasileiras, o feijão tem se destacado como uma alternativa econômica de peso para os cultivos de verão, além de ser uma escolha estratégica para a rotação de culturas nos sistemas de produção. 

Por ser uma cultura de ciclo curto (cerca de 90 dias), o cultivo no Brasil pode ocorrer em três safras. Segundo dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no boletim de grãos mais recente (06 de setembro de 2023), as três safras de feijão de 2022/23 somaram 3,04 milhões de toneladas, com 2,5% de crescimento em relação à safra anterior.

O avanço no volume de feijão colhido é ainda mais significativo considerando que atualmente temos a menor área semeada na série histórica. O resultado positivo é explicado pela maior produtividade das lavouras do país.

Para obter maior rentabilidade no cultivo de feijão, é importante superar um desafio que limita nosso caminho rumo a colheitas ainda mais abundantes: a presença persistente de pragas e doenças. 

produtores de feijão

Essas ameaças podem surgir durante todo o ciclo da cultura, mas podem causar danos irreversíveis caso não sejam controladas logo no início do desenvolvimento. Entre as opções disponíveis para controlar pragas e doenças no feijão, blindar o arranque inicial e viabilizar o estabelecimento de um estande vigoroso, está o tratamento de sementes.

O tratamento de sementes pode ser realizado com soluções inseticidas e fungicidas, contribuindo para o melhor rendimento da lavoura de feijão. Considerada uma das práticas mais eficientes, essa estratégia ajuda na preservação do potencial genético das sementes e fornece condições para que as plantas se desenvolvam fortes e protegidas, em um dos períodos mais críticos da lavoura.

Principais doenças que atacam o feijão

As doenças que atacam o feijão podem ocorrer de forma mais ou menos acentuada, dependendo da safra (primeira, segunda ou terceira) e do histórico da área e de manejo. Nas fases iniciais, essas ameaças podem causar prejuízos de até 100% da produção.

Confira, a seguir, quais são as principais:

Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum)

Geralmente ocorre em locais de temperatura baixa a moderada e de alta umidade. É uma das doenças de maior importância na cultura do feijão, podendo causar perdas de até 100% da lavoura.

Seus sintomas podem ser observados em toda a parte aérea da planta. Quando a doença afeta as plântulas, observam-se lesões pequenas de coloração marrom ou preta nos cotilédones. Nos estádios de desenvolvimento mais avançados da cultura, as lesões alongam-se pelo limbo, ao redor das áreas afetadas nas nervuras, resultando em necrose de parte do tecido foliar, podendo evoluir para o caule, as vagens e as sementes.

Mancha-de-Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli)

O patógeno ocorre na maioria das áreas onde o feijão é cultivado, sobrevive no solo e em restos de cultura, sendo transmitido por sementes. No campo, observa-se a formação de reboleiras e, quando as plantas são severamente atacadas, elas secam e morrem. O sintoma típico da doença é o amarelecimento, iniciando de baixo para cima na planta, e é facilmente observado na fase de pré-florescimento e/ou enchimento de grãos.

Podridão-dos-grãos-armazenados (Aspergillus flavus)

Os agentes produtores de micotoxinas são fungos de diversos gêneros, entre eles, a espécie Aspergillus flavus (produtor de aflatoxinas). Atualmente, os grãos ardidos constituem-se em um dos principais problemas de qualidade dos grãos armazenados, que são motivo de desvalorização do produto devido à possibilidade da presença de micotoxinas.

Mancha-de-Alternaria (Alternaria spp.)

A doença pode afetar todas as partes aéreas da planta, principalmente as vagens, que são extremamente suscetíveis. Caracteriza-se por gerar manchas foliares pequenas, circulares e de coloração marrom-clara, rodeadas por um halo marrom-escuro, e necrose foliar. Nas vagens, as manchas crescem e coalescem, cobrindo quase toda a superfície. Esse patógeno tem um amplo círculo de hospedeiros, podendo causar sintomas em espécies de diversas famílias de plantas.

Principais pragas que atacam o feijão

Além das doenças, algumas pragas causam grandes danos, caso não sejam controladas nos estádios iniciais da cultura, como:

Vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa)

Na fase adulta, esse inseto vive de 50 a 60 dias. Apresenta coloração verde, com três manchas amarelas no dorso, e mede cerca de 6 mm de comprimento, sendo que os machos são menores que as fêmeas.

A larva se alimenta das raízes, o que interfere na absorção de nutrientes e água, reduzindo também a sustentação das plantas. Já os adultos se alimentam das folhas, causando a desfolha precoce e prejudicando o processo de fotossíntese.

Mosca-branca (Bemisia tabaci)

Por se alimentar de plantas de diversas famílias, é uma espécie considerada polífaga. Adapta-se facilmente a novas hospedeiras e se distribui em diferentes regiões geográficas. A mosca-branca apresenta coloração amarelo-pálida e comprimento entre 1 e 2 mm. As fêmeas são maiores que os machos e colocam de 100 a 300 ovos durante seu ciclo de vida.

São insetos que sugam os nutrientes das plantas e, ao se alimentarem, excretam substâncias açucaradas que favorecem a formação da fumagina, causada pelo fungo Capnodium sp., que recobre as folhas e reduz a taxa fotossintética da planta. Essa praga ainda pode injetar toxinas e transmitir o vírus do mosaico dourado do feijoeiro.

Como controlar pragas e doenças no feijão desde o início? 

Em um ambiente agrícola cada vez mais desafiador, o tratamento de sementes com fungicidas e inseticidas dentro de um bom planejamento de Manejo Integrado de Pragas e Doenças surge como uma solução técnica sólida e assertiva. Isso porque essa ferramenta é capaz de proteger o potencial produtivo desde o início, combatendo as principais ameaças do feijão e reduzindo os riscos.

O tratamento de sementes age de forma ampla na proteção do estande inicial: ele evita a introdução de pragas e doenças na área via sementes contaminadas e também evita a infecção das plântulas com ameaças que estejam presentes no solo.

Tratamento de sementes para feijão: Cruiser® Advanced 

Sempre atenta às necessidades do produtor rural, a Syngenta apresenta CRUISER® Advanced Feijão, o tratamento de sementes para feijão que atua a partir de uma combinação entre fungicida e inseticida, para o controle efetivo de pragas e doenças que atacam a cultura.

CRUISER® Advanced Feijão proporciona conveniência por conta de sua mistura pronta, que facilita a vida do produtor no campo, evitando prejuízos em sua lavoura de feijão. Com a combinação de quatro ativos, a solução ainda conta com outros diferenciais:

  • vigor superior das plantas e maior ganho líquido ao produtor;
  • controle superior de vaquinhas e mosca-branca;
  • eficácia no controle de Fusarium e do complexo de doenças do solo.

pragas no feijão

Para manter a eficácia e a longevidade de CRUISER® Advanced Feijão, é importante adotar as práticas de manejo propostas pelo MIP (Manejo Integrado de Pragas) e pelo MID (Manejo Integrado de Doenças). Integrando essas estratégias, o produtor estará preparado e contribuirá para o desenvolvimento de uma lavoura saudável e uniforme, com maior expectativa de rentabilidade.

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A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos juntos um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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