Atualmente, grande parte das sementes de soja e de milho híbrido do Brasil são tratadas com inseticidas e fungicidas. Esse tratamento pode ser feito de duas formas: na indústria, o que é conhecido como Tratamento de Sementes Industrial (TSI), ou então diretamente na propriedade agrícola, o que é chamado de Tratamento On Farm. Mas, até que ambos os modelos se consolidassem, muita coisa aconteceu. Por isso, no artigo de hoje, iremos abordar a evolução do tratamento de sementes no Brasil.

Segundo reportagem publicada pela SeedNews, a introdução do tratamento de sementes no país aconteceu de forma bastante improvisada. Na década de 50, essas operações aconteciam apenas no modo On Farm e eram conduzidas de forma precária e sem a utilização de técnicas apuradas. Aos poucos, os agricultores começaram a importar algumas máquinas, o que representou um importante avanço na qualidade das aplicações. No entanto, somente em 1980 é que surgiu uma máquina especificamente desenvolvida para o tratamento de sementes.

Veja abaixo algumas máquinas que são utilizadas atualmente no tratamento On Farm:

 

Com o crescimento da prática nas fazendas, os agricultores identificaram a necessidade de uma maior qualidade nas aplicações de fungicidas e inseticidas. Esse foi o pontapé inicial para que o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) começasse a ganhar força a partir de 1998. De acordo com a SeedNews, os primórdios do TSI no Brasil foram marcados por importações de alguns equipamentos usados por agricultores europeus. Em 2002, no entanto, foi introduzida no mercado a primeira máquina desenvolvida e produzida pela indústria brasileira.

O salto tecnológico que se seguiu, desde então, impulsionou o surgimento de centros de tratamento de sementes na indústria, unidades dotadas de máquinas de alta capacidade de tratamento, e alto nível de automação e controle do processo. Surgiram ainda centros dedicados ao desenvolvimento de tecnologias a serem utilizadas no tratamento das sementes. Como exemplo, podemos citar o Seedcare Institute, centro de pesquisa da Syngenta que desponta como o pioneiro no Brasil. Localizado em Holambra (SP), o espaço conta com instalações, equipamentos e profissionais para fornecer serviços altamente qualificados aos parceiros que fazem o tratamento industrial de suas sementes.

Veja um exemplo de equipamento utilizado no TSI:

Fruto de muita pesquisa, o TSI da Syngenta é feito com base em três pilares principais:

  • Tecnologia: aplicação realizada através de modernas máquinas que garantem a precisão da dose aplicada e a distribuição uniforme do produto na semente.
  • Segurança: processo em conformidade com leis trabalhistas, prevenindo qualquer contato dos trabalhadores nas fazendas com os produtos químicos.
  • Conveniência: o produtor não precisará investir seu tempo e seus recursos para este fim, já que a semente já chegará pronta para ser semeada.

Por último, vale destacar que o TSI também traz como benefício a garantia de um melhor gerenciamento ambiental, evitando os riscos de contaminação e diminuindo a geração de resíduos. Para conhecer mais vantagens deste processo, clique aqui.