O café é um dos produtos mais familiares ao brasileiro e possui diferentes significados simbólicos para as pessoas que o consomem: a lembrança da casa dos pais, um momento com um amigo especial ou até mesmo a rotina diária a caminho do trabalho ou da escola.

Economicamente, a cultura também tem enorme relevância, uma vez que o Brasil é o maior exportador de café do mundo, de acordo com a OIC (Organização Internacional do Café).

Para produzir esse grão, cafeicultores de todo o país empreendem o máximo de esforços, a fim de levar o melhor café à mesa do brasileiro e para pessoas de outras partes do mundo que adoram o sabor do nosso produto.

No entanto, os cafeicultores sentem uma grande preocupação diante dos ataques do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) – uma praga que se instala em cafezais e tem a capacidade de comprometer de 30% a 70% da produtividade.

Com o objetivo de auxiliar agricultores que lidam com as ocorrências do bicho-mineiro em suas lavouras, preparamos este texto explicando como a praga pode afetar a cultura do café e como fazer para controlar as investidas dessa espécie nos cafezais.

Quais são as características do bicho-mineiro?

Bicho-mineiro

O ciclo de vida do bicho-mineiro passa por quatro etapas: ovo, larva, pupa e adulto. O período da fase ovular à metamorfose completa pode durar de 14 a 22 dias, dependendo das condições de temperatura.

Na fase adulta, a mariposa mede aproximadamente 2 mm de comprimento e 6,5 mm de envergadura e possui coloração branca.

Algumas das características dessa espécie são:

  • escamas brancas na região da cabeça;
  • antenas longas que alcançam a extremidade do abdômen;
  • peito prateado;
  • abdômen amarelo e coberto por escamas esbranquiçadas;
  • pernas forradas de cerdas brancas;
  • asas com setas amarelas e um círculo preto no ápice.

O bicho-mineiro é uma praga com hábitos noturnos e, durante o dia, costuma se proteger sob as folhas da planta de café. Suas investidas ocorrem com mais frequência em épocas de seca, geralmente entre os meses de março e setembro.

Conhecer as características do inseto na fase adulta ajuda na identificação e no monitoramento da praga. Contudo, é importante compreender que os danos à cultura são causados apenas durante a fase larval.

Fase larval é a mais preocupante

Durante o ciclo de vida do bicho-mineiro, a fase larval, logo após a eclosão, é a mais danosa para os cafezais. As lagartas que surgem penetram a epiderme da face superior da folha e entram no mesofilo foliar (tecido responsável pelo processo de fotossíntese), por meio do qual se alimentam, criando minas na região.

Tais ataques do bicho-mineiro destroem o parênquima, causando a necrose das folhas, provocando a redução da taxa fotossintética e, em seguida, o enfraquecimento das plantas.

É importante ressaltar que a ocorrência de mais de uma espécie de lagarta na planta é comum, o que aumenta a gravidade dos danos.

Danos que causa à cultura

O bicho-mineiro apresenta um alto potencial de destruição das lavouras de café. Os principais ocorrem em detrimento da diminuição da área fotossintética e da desfolhaocasionadas pela alimentação das lagartas.

Em infestações mais severas, as pragas podem provocar desfolhas drásticas, que se iniciam no terço superior e atingem as regiões baixeiras da planta.

Isso prejudica o potencial produtivo da cultura, uma vez que a planta perde a sua principal matriz energética, exigindo que as reservas que seriam destinadas ao pegamento das flores e à formação dos frutos sejam usadas para desenvolver novas folhas.

Condições que favorecem a ocorrência de pragas

As infestações do bicho-mineiro são favorecidas em cafeeiros conduzidos por espaçamentos mais largos.

O vento também contribui para a ocorrência da praga, visto que essa condição facilita o transporte da espécie e proporciona maior evaporação de líquidos nas folhas – estado que torna favorável o desenvolvimento das larvas.

Formas de controle

O controle do bicho-mineiro na cultura do café deve ser realizado por meio do MIP (Manejo Integrado de Pragas) – um conjunto de medidas integradas que tem por objetivo manejar as pragas e manter a lavoura saudável e produtiva.

Entre as ações mais indicadas para o controle desses insetos, destacam-se:

  • monitoramento das lavouras para identificar a presença de bicho-mineiro;

  • manejo cultural;

  • intervenção química nos cafezais.

É importante que o produtor compreenda que essas ações são aplicadas de forma integrada e planejada, criando uma estratégia de manejo eficiente no combate ao bicho-mineiro e outras pragas. Confira a seguir mais detalhes sobre as principais recomendações do MIP.

Monitoramento das lavouras

O monitoramento dos cafeeiros é uma medida extremamente necessária e deve ser realizada com muita atenção.

Durante o processo, é preciso observar se há a presença de ovos ou minas dispostas nas folhas e formas adultas do inseto, com as características descritas anteriormente, sobrevoando as lavouras. 

Manejo cultural

O controle cultural torna possível oferecer melhores condições para o desenvolvimento da cultura, através de tratos culturais adequados que proporcionem plantas mais enfolhadas e vigorosas. O uso de culturas como o quebra-vento também pode diminuir a incidência da praga.

Outra medida eficiente é o controle mecânico por meio de arruação, seguida de destruição das folhas que estão sobre o solo e que podem conter ovos e crisálidas do bicho-mineiro. 

Controle químico

Entre as práticas estabelecidas pelo MIP, o controle químico se mostra como uma ferramenta eficiente no controle do bicho-mineiro.

É necessário, porém, dar atenção ao uso dos melhores produtos e ao posicionamento de cada um deles, considerando as características das pragas, a época do ano e o momento em que está a cultura.

Como deve ser realizado o controle preventivo do bicho-mineiro?

A intervenção química é uma importante ferramenta preventiva no controle do bicho-mineiro. Entretanto, é indicada a aplicação do inseticida via solo, sendo esta uma estratégia fundamental para o manejo integrado.

Além disso, é indicado que esse tipo de controle com produtos químicos ocorra no início do período das chuvas, uma vez que as plantas precisam estar fisiologicamente ativas.

Paulo Azevedo, Desenvolvedor Técnico de Mercado da Syngenta, explica que são recomendáveis duas aplicações de inseticida via solo: “uma aplicação em outubro e outra aplicação em janeiro”.

Segundo ele, essa antecipação garante o sucesso da ação e oferece uma base definida das medidas necessárias para as folhas das plantas de café.

Além disso, o Desenvolvedor Técnico ressalta o dever de assegurar o recobrimento das janelas de entrada do bicho-mineiro, via aplicação foliar, dentro do período de desenvolvimento da cultura – da florada até a colheita –, a fim de evitar que a espécie aumente o número de gerações nas lavouras.

Confira este vídeo falando sobre a aplicação via solo:

 

Considerando as melhores práticas no controle de pragas na cultura do café, a Syngenta desenvolveu  Durivo, um produto para ser aplicado via solo e uma ótima ferramenta para o manejo preventivo.

Durivo permite maior proteção e efeito prolongado

Durivo é um inseticida de contato, sistêmico e de ingestão, desenvolvido a partir de dois princípios ativos (Tiametoxam e Clorantraniliprole), na formulação Suspensão Concentrada (SC), para ser usado para o controle do bicho-mineiro em aplicações via solo.

Os dois ingredientes ativos que compõem a formulação do produto proporcionam um longo período de controle, o que contribui para que a lavoura expresse sua máxima potencialidade, além de ser uma excelente ferramenta no manejo antirresistência.

Outros benefícios do inseticida desenvolvido pela Syngenta são:

  • Efeito bioativador: proporcionado pelo ingrediente ativo Tiametoxam, o que permite o desenvolvimento vigoroso e o aumento do número de folhas das plantas;

  • Raízes mais profundas e alta taxa fotossintética;

  • Melhor desenvolvimento vegetativo na etapa inicial de formação do cultivo;

  • Aumento da produtividade.

Além do bicho-mineiro, Durivo ainda apresenta eficiência no controle da cigarra-do-cafeeiro (Quesada gigas), outra espécie que possui alto potencial de danos à cultura do café.

A melhor proteção da lavoura contra as pragas, aliada ao efeito bioativador de Durivo, pode ser percebida em plantas mais vigorosas e com maior sanidade de folhas.

O comparativo a seguir deixa claro os efeitos do produto nas plantas, diante de outros produtos disponíveis no mercado para aplicação via solo.

Padrão Fazenda

Cultura com aplicação de Durivo

É possível observar plantas mais robustas, sem desfolhas causadas pelo bicho-mineiro, em comparação a outras soluções disponíveis, reiterando que a solução da Syngenta proporciona uma lavoura mais saudável e vigorosa, o que reflete em ganhos em produtividade.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro