Na reta final das lavouras de soja, muitos produtores se deparam com um mal que tem aparecido com maior frequência nos últimos anos, que é a cercosporiose (causada pelo gênero de fungo Cercospora spp).

Quando ocorre no final do ciclo do cultivo da soja, a Cercospora kikuchii pode atacar as folhas causando a doença comumente chamada no campo de crestamento foliar de cercospora.

Adicionalmente, esse mesmo fungo pode atacar as vagens e, consequentemente, os grãos (ou sementes) causando a mancha-púrpura (por conta da coloração que os grãos adquirem após a infecção).

Em ambos os casos, a cercosporiose é uma doença severa e que pode comprometer a produtividade das lavouras e reduzir a qualidade de grãos e sementes, caso os programas de controle dessa doença sejam deficientes.

Estudos apontam que os fungos causadores da doença podem apresentar longo período de latência na plantação, podendo permanecer em restos culturais como a palhada e também ser disseminados pelas sementes.

A Cercospora kikuchii está presente em todas as regiões produtoras de soja do Brasil. O crestamento foliar de cercospora se manifesta com maior intensidade nas regiões mais quentes e chuvosas dos cerrados.

O fungo pode atacar todas as partes da planta e entre as características estão pontuações escuras nas folhas, com coloração castanho-avermelhado, que se desenvolvem e formam grandes manchas.

Além disso, também pode ocorrer a queda prematura das folhas e, nas vagens, aparecem pontuações vermelhas que evoluem para manchas castanho-avermelhadas.

O fungo pode, ainda, atingir a semente, causando a mancha-púrpura.

Combatendo a Cercospora kikuchii

O manejo correto da lavoura é primordial para o combate à doença. A integração de tratamento químico das sementes e o uso de fungicidas eficazes ajudam a manter a Cercospora kikuchii longe da plantação.

Entre os cuidados que o produtor deve ter, estão:

  • Utilizar sementes livres de patógenos;
  • Iniciar as aplicações de fungicidas preventivamente, ainda no estágio vegetativo, impedindo a infecção precoce do complexo de manchas;
  • Seguir as recomendações do manejo consciente, com a escolha de fungicidas multipotentes;
  • Adotar as medidas de maneira integrada, já que práticas isoladas não são tão eficientes como quando empregadas em conjunto.

Valtemir José Carlin, engenheiro agrônomo e diretor da Agrodinâmica Pesquisa e Consultoria, explica que a doença ressurgiu com maior intensidade nos últimos anos. “Dependendo das condições climáticas, genética das variedades de soja e crescimento de resistência a alguns grupos de fungicidas, a Cercospora pode causar danos severos à cultura”, alertou.

Ele destaca que, em alguns casos, foi registrada perda de 3 a 5 sacas por hectare, número considerado alto para uma doença que, muitas vezes, não é percebida ao final do ciclo.

O engenheiro agrônomo ressalta que há soluções eficientes dentro de um manejo integrado de doenças para combater o fungo: “Temos grandes produtos com performances interessantes. É preciso conhecê-los e saber usá-los para poder explorar essas respostas”, ressaltou.

Dentre os produtos deste manejo, Valtemir afirma que os de maior peso no controle são os triazóis, e também o clorotalonil.

Atenta às situações que envolvem a lavoura em todos os seus estágios, a Syngenta conta com um portfólio completo para atender os produtores em todas as etapas.

Entre as soluções está o triazol Cypress, uma alternativa inteligente e eficiente para potencializar os demais fungicidas no manejo dessa doença. Ele combina dois ingredientes ativos – Ciproconazol e Difenoconazol – para o combate ao complexo de doenças da soja, capazes de ocasionar perdas de mais da metade da produção do grão.

Devido à sua composição, é um produto que apresenta alta performance para o manejo de DFCs e, logicamente, cercospora.

Com a praticidade de poder ser utilizado a qualquer momento do ciclo, a polivalência de Cypress se mostra tanto na parceria com outros defensivos quanto no seu uso como principal fungicida para as últimas aplicações, graças à combinação de dois triazóis que agem no controle do complexo de doenças.

Além disso, a Syngenta disponibiliza em seu portfólio o multissítio Bravonil que, associado a outros fungicidas, é uma importante ferramenta no controle do complexo de doenças e no manejo de resistência.

Com a tecnologia Bravo, que proporciona maior cobertura foliar e fixação, o fungicida tem formulação que garante uma calda mais homogênea, além de conveniência e eficiência na aplicação.

Formulado com clorotalonil, molécula protetora e com alto potencial de controle, o produto é extremamente eficaz no combate às principais doenças da soja.

Confira no vídeo as orientações de Valtemir sobre a Cercospora kikuchii e suas soluções, bem como dicas sobre o momento certo para aplicação para obter os melhores resultados.

Saiba mais sobre a importância de fazer o manejo correto de doenças, usando os produtos certos, no portal da Syngenta. Lá você pode conferir

Redação Mais Agro