Entre os desafios diários enfrentados na lavoura, a seleção de plantas daninhas resistentes a herbicidas é uma preocupação de produtores rurais e de toda a comunidade envolvida, devido aos prejuízos que esse problema pode acarretar na produtividade das culturas e, consequentemente, na rentabilidade do produtor.

Além de ser um mau uso das tecnologias, a aplicação contínua de herbicidas com os mesmos mecanismos de ação pode contribuir para o aumento da resistência de plantas daninhas nas lavouras brasileiras.

Hoje, o Brasil tem mais de 50 plantas daninhas resistentes a herbicidas e um custo de manejo estimado em mais de R$ 4 bilhões para a cultura da soja, segundo publicação da Embrapa.

Syngenta e o monitoramento de plantas daninhas resistentes

Atenta aos problemas que as plantas daninhas geram nas lavouras, a Syngenta conta com uma equipe de especialistas dedicada aos estudos sobre o manejo de resistência dessas plantas, uma vez que cada espécie resistente necessita de um manejo específico.

Estamos monitorando as principais plantas daninhas do Brasil, com o objetivo de gerar conhecimento, tomar medidas antecipadas e desenvolver as melhores soluções para os nossos agricultores. Além disso, reforçamos a importância e a necessidade de adoção das boas práticas agrícolas recomendadas, de modo a preservarmos as ferramentas que temos disponíveis para o manejo das plantas daninhas”, explica Lúcio Lemes, gerente técnico de herbicidas e WRM (LATAM & BR) da Syngenta.

Os profissionais altamente capacitados trabalham em parceria com pesquisadores, universidades, instituições e órgãos importantes da comunidade científica agrícola, entre eles, o HRAC (Comitê de Ação de Resistência a Herbicidas), a Sociedade Brasileira da Ciência de Plantas Daninhas e a Weed Science Society of America (WSSA).

A Syngenta Global concede todo o suporte necessário para o avanço dos estudos, com o apoio de pesquisadores que atuam na Inglaterra, na Suíça e nos EUA.

Essa rede trabalha interligada e com foco em trazer soluções para os problemas do campo de forma rápida e eficaz. Além disso, a plataforma conta com especialistas da área molecular, que garantem velocidade e confiabilidade às informações sobre as populações de plantas resistentes.

Entre os casos de sucesso que contaram com o pioneirismo da Syngenta à frente das pesquisas, está o de caruru-roxo (Amaranthus hybridus) resistente ao glifosato e ao clorimuron no Brasil, comunicado ao HRAC em 2018.

Os primeiros casos de resistência dessa espécie no Rio Grande do Sul foram detectados por meio de monitoramento de campo realizado pelas equipes da Syngenta, que acompanhavam de perto o desenvolvimento da planta.

Dessa forma, foi possível comunicar toda a comunidade agrícola rapidamente e trabalhar no manejo do caruru-roxo resistente. Também foram adotadas boas práticas no campo, ação que contemplou o uso de Dual Gold e Flex como controle químico eficiente nesse caso.

Capim-arroz: primeiro caso de resistência ao glifosato

Em fevereiro de 2021, a Syngenta, junto às Universidades Federais de Pelotas e de Santa Maria, registrou comunicado no HRAC alertando sobre o primeiro caso de capim-arroz (Echinochloa crusgalli) resistente ao glifosato no Brasil.

“Toda a rede envolvida nas pesquisas foi responsável pelo avanço e pela velocidade na comunicação do setor como um todo. O trabalho no desenvolvimento das melhores soluções para a resistência do capim-arroz contempla boas ações agrícolas e ferramentas como o uso de Dual Gold no manejo pré-emergente da planta daninha”, explica Cláudia Oliveira, pesquisadora WRM – Laboratório de Resistência.

O comunicado reforça a importância e a necessidade de adoção das boas práticas agrícolas recomendadas, como:

  • uso correto do sistema integrado de manejo de controle de plantas daninhas;
  • adoção de sementes certificadas e nacionais, não somente de culturas como milho, soja e arroz, mas também de forrageiras de inverno, para evitar o ingresso de plantas daninhas nas áreas agrícolas;
  • limpeza dos maquinários utilizados na semeadura e na colheita das áreas do Rio Grande do Sul, que transitam para outras áreas e/ou outros Estados;
  • atenção redobrada em áreas com falha de controle, priorizando a eliminação das plantas daninhas sobreviventes, manualmente e/ou através do uso de herbicidas de mecanismo de ação alternativos, adotando rotação dos diferentes mecanismos neste caso;
  • uso correto de tecnologias de aplicação e de diversos mecanismos de ação para os herbicidas, em pré e pós-emergência, nos corretos momentos e de acordo com a sua recomendação.

O capim-arroz é encontrado frequentemente nas lavouras de arroz, mas também pode ocorrer em culturas que se desenvolvem em solos secos, como a soja. A daninha tem capacidade de produzir em média 40 mil sementes por planta, que germinam em uma profundidade de até 10 cm, acarretando inúmeros prejuízos com a matocompetição e dificultando a colheita.

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Herbicidas no manejo de plantas daninhas

As plantas daninhas são responsáveis por reduzir a produtividade da lavoura devido à competição por luz, água, nutrientes e espaço, fatores essenciais para o desenvolvimento pleno da cultura.

No sistema de produção, o não controle das invasoras de folhas estreitas e largas pode causar redução de até 90% da produtividade em cenários extremos, caso nenhuma ação de manejo seja colocada em prática para conter a infestação.

Quando se trata de controle químico, é indicado o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, pois o uso contínuo de uma mesma solução pode selecionar plantas daninhas resistentes.

A Syngenta conta com um portfólio completo de herbicidas, pré e pós-emergentes, para o manejo adequado de plantas daninhas na lavoura.

Redação Mais Agro