Considerado a principal praga do algodão, capaz de destruir até 70% da lavoura em uma única safra, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) requer atenção do produtor. De grande incidência e potencial destrutivo na plantação, esse inseto é de difícil controle químico e fácil migração.

Bicudo do Algodoeiro e os danos na lavoura

Estudos apontam que essa praga pode gerar um gasto extra de aproximadamente US$ 150 por hectare com estratégias para seu controle, o que representa de 6% a 10% do custo total de produção.

Entre os danos causados pelo bicudo-do-algodoeiro estão botões florais abertos e amarelados com presença de perfurações escuras ou com pólen aderido.

Enquanto as larvas se desenvolvem no interior de botões e maçãs, o inseto na fase adulta é encontrado nas flores abertas ou protegido pelas brácteas.

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que até a terceira semana de março o Brasil havia exportado 108,20 mil toneladas de algodão, o maior valor do período. No acumulado do ano, na temporada 2019/20, foram embarcadas 1,76 milhão de toneladas, faltando três meses para o fim da safra. O valor é 62% superior que o registrado no mesmo período da safra passada.

Influenciada pelos grandes investimentos feitos no setor, a produção estimada para esta temporada, ainda de acordo com a Conab, é considerada a maior dentro da série histórica: 2,85 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Brasil está entre os maiores produtores

Segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), o Brasil tem se mantido, nos últimos anos, entre os cinco maiores produtores mundiais, ocupando o primeiro lugar em produtividade em sequeiro.

O país também tem figurado entre os maiores exportadores mundiais e com um cenário interno promissor, já que está entre os maiores consumidores de algodão em pluma do mundo.

Para a safra 2019/20, houve um incremento de 3,3% na área estimada para o plantio, totalizando 1.670,8 mil hectares.

Bicudo do algodoeiro: praga de difícil controle

Devido a sua importância para o agronegócio mundial, os cuidados com as lavouras de algodão são de extrema importância. Em especial em relação ao bicudo-do-algodoeiro, responsável por perdas capazes de inviabilizar ou alterar significativamente a forma como o cultivo é realizado.

A praga surgiu no Brasil há mais de 30 anos. Estudos apontam que o inseto se prolifera muito rapidamente: segundo a Embrapa, a cada 50 fêmeas, surgem 500 mil adultos.

Pequeno, mas de apetite voraz, o bicudo-do-algodoeiro tem comprimento médio de 7 mm, com variação de 3 a 9 mm, e uma largura equivalente a um terço do comprimento.

O nome “bicudo” remete ao fato de os adultos do inseto possuírem a cabeça prolongada, formando um “bico”.

As fêmeas depositam os ovos nos botões florais e maçãs do algodão, cobrindo o local com uma espécie de cera, garantindo assim o desenvolvimento das larvas e pupas dentro da planta. O ciclo de vida até a fase adulta dura cerca de 20 dias, período em que podem ocorrer de quatro a seis gerações do besouro durante uma única safra.

Anatomia do Bicudo do Algodoeiro

As larvas são brancas, permanecem encurvadas e, quando desenvolvidas, apresentam entre 5 a 7 milímetros de comprimento. No período de frutificação, quando as densidades populacionais são maiores e há escassez de botões florais, é que as maçãs são atacadas.

Ao atacarem os botões, os mesmos ficam com o aspecto de balão, devido à abertura anormal das pétalas. As maçãs do algodão apresentam perfurações externas, sendo que, internamente, as fibras e sementes são destruídas pelas larvas, que impedem sua abertura normal, deixando-as enegrecidas.

As lavouras infestadas com o bicudo apresentam quantidade considerável de botões caídos ao solo, além da abscisão natural, uma vez que após atacados é comum ocorrer a senescência dessa estrutura em uma semana.

Outro fator a ser considerado é que os insetos adultos, que possuem coloração cinzenta ou castanha e mandíbulas afiadas, são geralmente mais aptos a sobreviver durante a entressafra. Após a colheita, com destruição das soqueiras, eles migram para áreas próximas, de vegetação permanente, onde permanecem com o metabolismo fisiológico reduzido, como se hibernassem, esperando o próximo ciclo.

Outro dado que deve ser considerado é que somente os adultos do inseto podem ser atingidos pelos inseticidas, já que ovos, larvas e pupas ficam protegidos no interior dos botões florais do algodoeiro.

Essa informação destaca ainda mais a importância do monitoramento da lavoura para que não ocorra a detecção tardia da praga, o que pode comprometer toda a plantação.  

A força da Syngenta no manejo do Bicudo do Algodoeiro

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